Protestos são esperados na Turquia contra escândalo de corrupção
Novas manifestações são esperadas no final da tarde desta sexta-feira em Istambul e em Ankara, para pedir a demissão do governo do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.
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Depois dos protestos de junho deste ano que começaram na praça Taksim em Istambul, a Turquia vive novamente um momento delicado para o atual governo conservador islâmico. Há quinze dias, um escândalo político financeiro veio a tona e envolve próximos de Erdorgan e mesmo seu filho, que dirige uma ONG voltada para jovens e para a educação. Segundo a imprensa turca, Bilal Erdogan é acusado de «formação de uma organização criminosa com fins lucrativos". O procurador responsável pelo caso, Muammer Akkas, foi afastado de suas funções.
Esse afastamento parece estar ligado a uma nova diretiva, que obriga os procuradores, juízes e policiais do país a informarem seus superiores quando uma investigação envolve personalidades públicas. A medida provocou indignação em membros da oposição e no no Judiciário. Segundo o correspondente da RFI em Istambul, correspondente à em, Jérôme Bastion, na noite de quarta-feira, rumores anunciavam que cerca de 30 políticos e pessoas próximas seriam processadas, mais nada aconteceu nas últimas 24 horas.
O esquema de corrupção e lavagem de dinheiro já levou a demissão de dez ministros, entre eles os da Economia, do Interior e do Meio Ambiente, depois da acusação de envolvimento de seus filhos, que estão em prisão preventiva.
A oposição acusa o primeiro-ministro, no poder desde 2003, de governar o país através de um "Estado paralelo". Na noite de quinta-feira, a população manifestou em diversas cidades. Um dia antes, ao menos 10 municípios registraram protestos. Centenas de pessoas convocadas pelas organizações de esquerda levavam cartazes condenando a corrupção e pedindo a saída do governo. Nesta sexta-feira, o retorno dos turcos a praça Taksim será decisivo para medir o tamanho do movimento de contestação no país.
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