Síria autoriza ONU a investigar suposto ataque químico
O regime da Bashar al-Assad aceitou neste domingo, 25 de agosto de 2013, que os representantes da ONU investiguem imediatamente o suposto uso de armas químicas na periferia de Damasco. A autorização foi divulgada por um comunicado do ministério sírio das Relações Exteriores. A pressão internacional contra Damasco aumenta por causa desse ataque.
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O governo sírio e as Nações Unidas chegaram a um acordo durante a visita da Alto Representante da ONU para o Desarmamento, Angela Kane, a Damasco. Ela chegou ao país ontem. O acordo permite que a equipe da ONU, dirigida pelo professor Aake Sellström, tenha acesso imediatamente à periferia de Damasco onde o suposto ataque com armas químicas ocorreu, na última quarta-feira.
Segundo a ONG francesa Médicos Sem Fronteiras, 355 pessoas apresentando “sintomas neurotóxicos” morreram e 3 mil e 600, apresentando os mesmos sintomas deram entradas em hospitais sírios. A oposição acusa o regime pelo ataque químico. O governo de Bashar al-Assad nega categoricamente o uso de gases tóxicos.
Pressão internacional
A comunidade internacional parece convencida da responsabilidade do regime de Bashar al-Assad. O presidente francês, François Hollande, disse que “tudo leva a crer que o ataque do dia 21 de agosto foi um ataque químico orquestrado pelo regime sírio”. Estados Unidos e Grã-Bretanha começaram a estudar neste final de semana opções militares para intervir na Síria. “A utilização de armas químicas merece uma resposta séria de comunidade internacional”, afirmou o gabinete do primeiro-ministro britânico.
O papa Franciso denunciou hoje a “multiplicação dos massacres e atrocidades” na Síria. Ele pediu que a comunidade internacional encontre uma solução para acabar com a violência armada no país.
Ao mesmo tempo que cedeu e autorizou a inspeção do local do ataque, Damasco advertiu hoje que “qualquer intervenção americana contra a Síria provocaria uma onda de violência em todo Oriente Médio.”
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