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Mali/França

França não exclui risco de violações dos direitos humanos no Mali

“Há riscos”, insistiu o ministro francês da Defesa Jean-Yves Le Drian, sobre a possibilidade de ações ilegais cometidas pelo exército do Mali durante a operação Serval dirigida pela França no país. A declaração foi dada durante uma entrevista à Radio France International (RFI), ao canal France 24 e a revista semanal Express, em Paris, nesta quarta-feira.

Soldados franceses desembarcam  de um C-17 cedido pelos Estados Unidos, nesta terça-feira..
Soldados franceses desembarcam de um C-17 cedido pelos Estados Unidos, nesta terça-feira.. REUTERS/Eric Gaillard
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“É preciso estar extremamente vigilante e a França conta com a responsabilidade dos chefes do exército do Mali, para evitar toda ação inadequada, é a honra deles que está em jogo”, afirmou. O governo francês quer evitar o envolvimento em guerras sangrentas repletas de violações dos direitos humanos, como em Ruanda em 1994, quando participou da operação Turquoise.

Na mesma data, a Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH) acusou os soldados do Mali de terem realizado "execuções sumárias" de pelo menos 11 pessoas na cidade de Sévaré, no centro do país, e exigiu a criação de uma comissão de enquete para o caso.

Quanto à estigmatização dos tuaregues, minoria nômade, Le Drian respondeu: “os tuaregues são nossos amigos, fora os que se deixaram levar e se envolveram com grupos terroristas, o que nós condenamos totalmente. No território ao norte do Mali, eles estão em suas casas, é importante respeitá-los e tratá-los como malineses como os outros”. No país do oeste africano, árabes e tuaregues se concentram no norte desértico, enquanto a zona verde do sul é habitada por negros, que constituem 90% da população do Mali.

Esse é o décimo terceiro dia da operação Serval avaliada em 30 milhões de euros. A intervenção militar francesa nessa ex-colônia se apoia na resolução 2085 das Nações Unidas, aprovada em dezembro, que autoriza a criação da Missão Internacional de Apoio ao Mali (MISMA). A França entrou no país a pedido do governo interino malinês, para conter o avanço dos grupos radicais islâmicos e obteve o acordo e cooperação da Comunidade Econômica de Estados da Africa do Oeste (Cedeao).

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