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China/escândalo

Bo Xilai é expulso do parlamento chinês e pode ir a julgamento

O Parlamento chinês cassou o mandato do político Bo Xilai, informou a agência de notícias Xinhua nesta sexta-feira, numa decisão que abre caminho para que ele seja processado criminalmente. A notícia alimenta especulações sobre o destino do ex-chefe do Partido Comunista na localidade de Chongqing, no sudoeste da China.

Bo Xilai, ex-chefe local do Partido Comunista chinês, caiu em desgraça após uma série de escândalos e crimes.
Bo Xilai, ex-chefe local do Partido Comunista chinês, caiu em desgraça após uma série de escândalos e crimes. REUTERS/Jason Lee/Files
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A cassação, que priva Bo da imunidade parlamentar, ocorre a menos de duas semanas do início de um importante congresso do Partido Comunista que, a cada dez anos, passa por um processo de transição de liderança.

Bo era uma estrela em ascensão na hierarquia chinesa até cair em desgraça por causa de uma série de escândalos e crimes. Sua mulher, Gu Kailai, e seu ex-chefe de polícia, Wang Lijun, foram presos e condenados pelo assassinato de um empresário britânico.

No mês passado, o governo chinês acusou Bo de corrupção e de acobertar o assassinato. O inquérito contra ele ainda está em andamento, mas o Ministério Público e a Justiça da China estão subordinados ao Partido Comunista, e dificilmente irão se contrapor às acusações.

Analistas acreditam que o julgamento de Bo acontecerá após o congresso do Partido Comunista. O comunicado da Xinhua também diz que o ex-político deve receber uma pena de prisão longa, após ter “seriamente violado o código disciplinar” do partido.

O congresso do PC chinês dura geralmente uma semana e termina com o tradicional anúncio da nova liderança. A expectativa é que o vice-presidente Xi Jinping seja promovido para o posto de secretário-geral do Partido Comunista.

Outro escândalo que abalou a política chinesa foram as revelações do New York Times desta sexta-feira sobre o enriquecimento astronômico da família do primeiro-ministro Wen Jiabao. O site do jornal foi censurado no país.
 

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