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França/Síria/Africa

Em entrevista à RFI, Hollande pede saída urgente de Assad do poder

Em entrevista exclusiva nessa quinta-feira, o presidente francês François Hollande defendeu a saída de Bashar al-Assad do poder o mais rápido possível. O chefe de Estado cogitou a possibilidade de um governo de transição próximo do regime de Damasco, como foi proposto pela Turquia, mas recusou qualquer tipo de acordo com o presidente sírio. O francês também se disse contra qualquer negociação com os grupos rebeldes no Mali. 

Da direita para a esquerda, o presidente François Hollande durante entrevista com Jean-Karim Fall (RFI), Roselyne Febvre (FRANCE 24) e David Delos (TV5 Monde).
Da direita para a esquerda, o presidente François Hollande durante entrevista com Jean-Karim Fall (RFI), Roselyne Febvre (FRANCE 24) e David Delos (TV5 Monde). DR
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Um dia antes de sua viagem para Kinshasa, na República Democrática do Congo, onde participa da reunião de cúpula da francofonia, o presidente francês recebeu os jornalistas da RFI e dos canais de televisão France 24 e TV5 Monde. Durante a entrevista, François Hollande falou da situação na Síria, da crise no Mali e das relações da França com o continente africano.

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François Hollande, presidente francês

Questionado sobre a crise síria, o chefe de Estado ressaltou a urgência de uma transição política no país que, segundo, ele, passa necessariamente pela saída de Bashar al-Assad do poder. “Quanto antes ele deixar o poder, mais segura será a transição na Síria. Quanto mais tempo durar o conflito, maior é o risco de uma guerra civil e do caos”, disse o presidente francês.

Hollande também foi questionado sobre o projeto apresentado pelas autoridades turcas, que sugerem que Farouk Al-Chareh, vice-presidente sírio, assuma o poder. “Eu ouvi a proposta da Turquia sobre o vice-presidente. Ainda há personalidades na Síria que podem ser uma solução de transição. Mas não há acordo possível com Bashar al-Assad”, martelou o chefe de Estado.

Crise no Mali

Durante a entrevista o presidente francês também abordou a situação do Mali, que sofre com a ação de grupos extremistas. Hollande rechaçou qualquer tipo de negociação antes de uma intervenção africana no país. “Discutir com quem? Com a Aqmi (braço do grupo terrorista Al Qaeda na região)? Quem pode imaginar que possa haver discussões úteis (com eles)?", retrucou o chefe de Estado. 

O presidente francês também reagiu sobre a possível intervenção de uma força africana apoiada por uma resolução das Nações Unidas na região. Segundo o Hollande, a França poderia participar com “apoio logístico, mas não com soldados ou tropas francesas”.
 

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