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ONU/Síria

Ban Ki-moon alerta contra escalada da violência na fronteira entre Síria e Turquia

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou hoje que a escalada de violência na fronteira entre a Síria e a Turquia é "extremamente perigosa" e pediu mais "generosidade" dos doadores internacionais para ajudar a população síria. A declaração foi feita na abertura do primeiro Fórum Mundial da Democracia, nesta segunda-feira em Estrasburgo, no leste da França.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, abriu nesta segunda-feira o primeiro Fórum Mundial da Democracia em Estrasburgo, no leste da França.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, abriu nesta segunda-feira o primeiro Fórum Mundial da Democracia em Estrasburgo, no leste da França. REUTERS/Vincent Kessler
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"A situação na Síria piorou de maneira dramática. Ela coloca sérios riscos à estabilidade dos países vizinhos e a toda a região", disse Ban Ki-moon no primeiro dia do evento na sede do Conselho da Europa, que reuniu mais de mil líderes políticos, especialistas e militantes.

"A intensificação do conflito na fronteira entre Síria e Turquia e o impacto da crise no Líbano são extremamente perigosos", acrescentou ele, antes de pedir aos doares internacionais que respondam "de maneira mais generosa às necessidades das populações na Síria e de mais de 300 mil refugiados nos países vizinhos".

Na última quinta-feira, após longas negociações entre os países ocidentais e a Rússia, o Conselho de Segurança das Nações Unidas publicou uma declaração denunciando o bombardeio pela Síria de um vilarejo turco na fronteira e pedindo que os dois países sejam comedidos.

Dizendo-se "profundamente preocupado com o contínuo fluxo de armas" na Síria, Ban Ki-moon pediu nesta segunda-feira que todas as partes "abandonem o uso da violência e procurem uma solução política".

A Síria "mostra em que medida as transições atuais, que inspiraram tanta esperança e mudança, também trouxeram incerteza e medo", enfatizou ele, pedindo que o presidente sírio Bashar al-Assad "e os outros líderes mundiais escutem seus cidadãos antes que seja tarde demais".

Após o discurso do secretário-geral da ONU, a militante iemenita pelos direitos humanos Tawakkul Karman, prêmio Nobel da paz em 2011, pediu que os estados membros dêem à organização internacional os recursos para que ela possa sair de sua "paralisia" para promover a democracia no mundo.

Encontro anual

O Conselho Europeu, que conta 47 países, tem a intenção de fazer com o que o Fórum Mundial da Democracia se torne um evento anual reunindo "reformadores e líderes mundiais para procurar respostas democráticas aos desafios econômicos, sociais e políticos".

Na abertura do fórum, o secretário-geral Thorbjorn Jagland enfatizou a diferença nos países árabes entre "as esperanças de 2011" suscitadas pelas revoltas contra os regimes autoritários e a "realidade de 2012". "Muitos dos manifestantes, sobretudo os jovens, estão frustrados não por causa de uma ditadura estagnada e opressiva, mas porque as mudanças são lentas demais", acrescentou o ex-chefe do governo norueguês.

Após seu discurso em Estrasburgo para abrir o fórum, Ban Ki-moon se encontra ainda nesta segunda-feira em Paris com o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault e o chanceler francês Laurent Fabius. Na terça-feira ele será recebido no palácio do Eliseu pelo presidente François Hollande, antes de voltar a Nova York.

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