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Europa/Mediterrâneo

Europeus querem autoridade bancária única em vigor até janeiro

Reunidos em Malta nessa sexta-feira para uma cúpula dos vizinhos do mar Mediterrâneo, líderes de cinco países da União Europeia enfatizaram a urgência da criação de uma autoridade bancária que controle as atividades financeiras do bloco. Durante o encontro, eles disseram que querem o organismo operacional até janeiro de 2013. O evento também foi a ocasião para os países árabes da região tranquilizarem os vizinhos europeus após as revoltas dos últimos meses.

Presidente francês François Hollande (acenando), junto com os demais líderes durante a reunião de cúpula do grupo 5+5 em Malta.
Presidente francês François Hollande (acenando), junto com os demais líderes durante a reunião de cúpula do grupo 5+5 em Malta. REUTERS/Ian Langsdon
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Os líderes de 10 países que contornam o mar Mediterrâneo se reuniram nessa sexta-feira pela primeira vez desde a Primavera Árabe. Cooperação econômica na região, segurança, defesa e imigração ilegal fizeram parte dos temas tratados em Malta durante o evento do chamado grupo 5+5.

Mas a crise europeia praticamente roubou todas as atenções dos jornalistas presentes, já que os líderes dos cinco membros do velho continente (Espanha, França, Itália, Portugal e Malta) aproveitaram a ocasião para organizar uma reunião paralela sobre a situação da zona do euro. Durante o encontro, os chefes de Estado e de governo enfatizaram a urgência da criação de um organismo único de supervisão bancária europeia, um instrumento que “deve ser decidido antes do final do ano e estar operacional até janeiro de 2013”, informaram os representantes em um comunicado oficial. O tema será discutido novamente na próxima reunião do bloco em Bruxelas, em 18 e 19 de outubro.

Já do lado dos cinco países da margem sul do Mediterrâneo (Argélia, Líbia, Marrocos, Mauritânia e Tunísia), o objetivo principal do encontro parecia ser tranquilizar os vizinhos do norte após a Primavera Árabe. O presidente da Tunísia, Moncef Marzouki, afirmou em seu discurso de abertura que os eventos recentes na região não constituem uma ameaça para a Europa e que, “pela primeira vez na história, nós compartilhamos os valores da democracia”.

Já o presidente da Mauritânia, Mohamed Ould Abdel Aziz, disse que os países que contornam o Mediterrâneo são complementares, e pediu um “diálogo entre as civilizações”, respeitando as particularidades de cada naçãop. O presidente francês François Hollande lembrou que além de acompanhar a transição democrática e o respeito dos direitos dos povos, a região ainda tem pela frente o desafio de alcançar a estabilidade econômica.

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