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ataques/talibãs

Atentados no Afeganistão matam 46 e ferem centenas de civis

O Afeganistão enfrentou nesta terça-feira um dos dias mais sangrentos no país este ano. Em atentados em três províncias afegãs, 46 pessoas morreram e outras centenas ficaram feridas. A autoria dos incidentes foi atribuída a talibãs que confrontam o governo afegão e a coalizão internacional da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), liderada pelos Estados Unidos, presente no país desde 1996.

Civis observam os destroços do carro que transportava um governador de distrito e seus três guardas-costas que foram mortos em uma emboscada no nordeste do Afeganistão nesta terça-feira.
Civis observam os destroços do carro que transportava um governador de distrito e seus três guardas-costas que foram mortos em uma emboscada no nordeste do Afeganistão nesta terça-feira. REUTERS/ Parwiz
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Os ataques aconteceram nas províncias de Nimroz (sudoeste), Kunduz (norte) e Badakhshan (nordeste). Nas duas primeiras localidades, os atentados visaram mecados populares, uma estratégia utilizada para atingir o número máximo de vítimas.

Em Nimroz, que é uma província normalmente pacífica, 31 pessoas morreram e uma centena foi ferida. Três kamikazes explodiram uma feira onde civis faziam suas compras para o final do Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos.

Os responsáveis por este massacre fazem parte de um grupo de 11 insurgentes, dos quais cinco foram mortos entre hoje e segunda-feira e outros três foram presos pela manhã.

Na província de Kunduz, uma das mais violentas no norte do país, pelo menos 9 pessoas morreram e outras 36 ficaram feridas, quando uma bomba explodiu em uma moto estacionada perto de um mercado. Outros dois civis foram mortos e 30 ficaram feridos em um ataque ao distrito de Achi.

Um governador de uma região foi assassinado em uma emboscada em Badakhshan, juntamente com seus três guardas-costas e um policial.

Onda crescente de ataques

O secretário americano da Defesa, Leon Panetta, declarou nesta terça-feira que está "muito preocupado" com a onda crescente de ataques aos militares da coalizão internacional no Afeganistão por homens que portam o uniforme do exército ou da polícia do país. Para ele, a estratégia tem por objetivo “criar o caos” e “colocar em jogo” a confiança entre a Otan e as forças afegãs.

Os incidentes são os mais violentos desde dezembro de 2011, quando 84 pessoas morreram na comunidade xiita em Cabul e Mazar-i-Sharif. Também na capital do país, em abril, atentados simultâneos resultaram em 51 vítimas fatais.

Apesar de o número de civis mortos em ataques no Afeganistão ter diminuído neste primeiro semestre em relação a 2011, a Organização das Nações Unidas (ONU) informou, na semana passada, que a população continua sendo a mais prejudicada nos incidentes. Só nos primeiros seis meses de 2012, 1.145 civis foram mortos e 1.954 foram feridos.

 

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