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Comércio de armas/ONU

Tratado de comércio de armas da ONU termina em impasse

As definições do tratado de regulação vendas de armas convencionais entre os 193 países integrantes das Nações Unidas terminaram em impasse na sexta-feira à noite. Estados Unidos e Rússia pediram mais tempo para se pronunciar. Outros países, como China, Índia, Indonésia e Egito, adotaram a mesma posição. Alguns diplomatas e associações apontaram Washington como o principal responsável do fracasso nas negociações, que duraram um mês. 

Para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o atraso na aprovação do tratado de comércio de armas é um retrocesso.
Para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o atraso na aprovação do tratado de comércio de armas é um retrocesso. REUTERS/Ki Price
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O maior impasse do tratado é sobre a avaliação do risco da venda de armas; se as comercializações podem resultar em graves violações dos direitos humanos ou de atentados promovidos pelo crime organizado. O acordo proposto indica que cada nação é responsável por sua avaliação.

Diplomatas acusam os Estados Unidos de atrasar a aprovação do tratado, mas o país se disse disposto a dar continuidade às discussões sobre o acordo. “Os Estados Unidos são favoráveis a uma segunda etapa de negociações para se chegar a um consenso sobre o tratado, mas não somos favoráveis a votar sobre texto atual da Assembleia Geral da ONU”, declarou a porta-voz da diplomacia americana, Victoria Nuland. Ela reiterou que o texto atual ilustra progressos consideráveis, mais ele necessitaria de uma nova revisão.

Para o responsável da organização Oxfam America, Scott Stedjan, o atraso na aprovação do tratado mostra “a falta de coragem da Casa Branca” – uma opinião compartilhada por outros integrantes de organizações presentes. Para ele, “um tratado internacional reforçaria a reputação dos Estados Unidos de liderança no campo dos direitos humanos.

Já para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a demora nas resoluções sobre o acordo representa um retrocesso no assunto. “Mas isso não significa que o abandonaremos”, disse, prometendo perserverar.

O presidente da conferência, Roberto Garcia Moritan, disse que uma solução para acabar com o impasse seria pedir que a ONU tome uma decisão sobre o assunto. A próxima sessão da assembleia acontecerá em setembro, em Nova York, mas as discussões sobre o tratado só devem ser retomadas em 2013.

Os Estados Unidos representam hoje cerca de 40% do comércio mundial de armas, avaliado em 70 bilhões de dólares por ano. A compra e venda de armamentos não têm regulação internacional para a exportação.
 

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