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Rússia/ Síria

Rússia estaria enviando navios de guerra para a Síria

Um grupo de navios de guerra russos, encabeçado pelo Admiral Chabanenko, que combate submarinos, deixou hoje a Rússia em direção à Síria. Moscou é a principal aliada do regime do presidente sírio, Bashar AL-Assad, desde o início dos protestos populares pedindo o fim do regime.

Admiral Chabanenko comabte submarinos.
Admiral Chabanenko comabte submarinos. Reuters
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De acordo com a agência Interfax, os navios partiram de Severomorsk, perto de Mourmansk, no noroeste da Rússia, para o porto sírio de Tartus, a única base naval russa no mar Mediterrâneo. Três navios de transporte de tropas acompanhavam o Admiral Chabanenko, conforme a agência, citando uma fonte “militar-diplomática”.

A fonte afirmou que a operação não estava ligada à agravação do da situação na Síria, onde 17 mil pessoas já teriam morrido desde o início dos confrontos, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. “No porto de Tartus, os navios vão aprimorar as reservas de combustível, água e mantimentos”, declarou a fonte.

O ministro russo da Defesa indicou que um grupo de navios de guerra, inclusive o Admiral Chabanenko, se dirigia ao Atlântico Norte para participar de “manobras em zonas distantes”. O ministério não confirmou nem desmentiu a informação de uma parada na Síria. Uma fonte militar grega divulgou à agência AFP ter visto quatro navios de guerra russos entrando pelo mar Egeu e seguindo em direção ao sul.

Venda de armas

A Rússia, aliada de longa data do regime de Al-Assad, recebe representantes da oposição síria nesta semana. Ontem, o vice-diretor de um órgão que supervisiona o comércio de armas do país havia declarado que não vai entregar caças ou outras armas novas para a Síria enquanto a violência permanecer.

Embora seja totalmente legal, o comércio de armas da Rússia com a Síria aumentou temores de que Moscou esteja fornecendo a Assad as armas que estão sendo usadas contra manifestantes de um levante armado contra ele. O presidente russo, Vladimir Putin, disse que as armas que seu país entrega não podem ser usadas em conflitos civis, enquanto o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou que o fornecimento é de armas de defesa vendidas em contratos assinados há muito tempo.

Nesta terça, o emissário internacional para a Síria, Kofi Annan, desembarcou em Bagdá para uma reunião com o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, sobre a situação no país vizinho. Esta é a primeira vez que Annan viaja ao Iraque desde que assumiu o posto de emissário internacional das Nações Unidas e da Liga Árabe para a Síria.
 

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