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Nuclear / Irã

Irã e AIEA discutem inspeções ao programa nuclear iraniano

O Irã e a agência nuclear da ONU, conhecida como AIEA, se reúnem hoje em Viena para discutir futuras inspeções ao programa nuclear iraniano. O tema central das conversas é o acesso dos inspetores da AIEA a uma base militar onde Teerã poderia ter testado armas atômicas. Mas a reunião de hoje é amplamente vista como termômetro para outro encontro, desta vez político, que deve acontecer em Moscou dentro de duas semanas entre o Irã e as grandes potências.

O embaixador do Irã junto à Agência Internacional de Energia Atômica da ONU, Ali Asghar Soltanieh, chega à sede da instituição em Viena nesta sexta-feira.
O embaixador do Irã junto à Agência Internacional de Energia Atômica da ONU, Ali Asghar Soltanieh, chega à sede da instituição em Viena nesta sexta-feira. Reuters
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Samy Adghirni, correspondente da RFI em Teerã

O encontro de hoje reune especialistas nucleares do Irã e da ONU para discutir um pedido dos inspetores que querem visitar a base de Parchin, ao sul de Teerã.

Parchin é um complexo onde a ONU suspeita ter havido testes com armas nucleares até o ano de 2003. Teerã até agora não liberou o acesso a Parchin, alegando que se trata de uma base militar e não de uma usina nuclear.

Já houve várias reuniões para discutir o caso, e as duas partes vinham dando sinais de otimismo. Mas na última quarta-feira o Irã acusou os inspetores nucleares da ONU de falta de imparcialidade e de agir como espiões em favor das potências ocidentais. Ninguém sabe ao certo se haverá um acordo sobre o monitoramento de Parchin.

A desconfiança iraniana reflete o pessimismo que está tomando conta da outra frente de conversas, a das negociações políticas.

Mais importante ainda que o encontro de hoje será a reunião entre o Irã e as grandes potências daqui a duas semanas em Moscou. O diálogo político esteve rompido por quase um ano e meio, mas as conversas de Moscou serão o terceiro encontro em três meses.

As potências exigem que o Irã pare de enriquecer urânio a 20% para ter certeza que Teerã não terá a bomba atômica. O Irã diz que não quer a bomba e que só aceita baixar o grau de enriquecimento se houver um alívio das sanções que sufocam a sua economia. A tensão não para de aumentar.

Os EUA já disseram que não aceitam o fim das sanções e dizem que cabe a Teerã fazer concessões. Já o Irã está irritado porque as potências não aceitaram uma proposta para realizar um encontro preparatório para a reunião de Moscou.

Apesar das divergências, a continuação do diálogo é vista como a melhor maneira para evitar mais uma guerra no Oriente Médio.

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