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Síria/Violência

Massacre que matou 32 crianças na Síria é crime revoltante, diz ONU

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, e o emissário internacional Kofi Annan condenaram o massacre cometido ontem pelo regime sírio na localidade de Hula, na província de Homs. Observadores das Nações Unidas que visitaram a cidade constataram a morte de 32 crianças com menos de 10 anos. "É um crime terrível, revoltante", disse Ban Ki-Moon.

Membros do Exército Sírio Livre discutem com uma observadora da ONU diante dos corpos sem vida de civis mortos no massacre de Hula.
Membros do Exército Sírio Livre discutem com uma observadora da ONU diante dos corpos sem vida de civis mortos no massacre de Hula. REUTERS
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Os governos da França, Grã-Bretanha e Alemanha também condenaram a violência. Os Emirados Árabes Unidos pediram uma reunião extraordinária da Liga Árabe para estudar outras formas de proteger a população síria.

Segundo Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), a violência comandada pelas forças de repressão em Hula provocou a morte de 114 pessoas, sendo 32 crianças. “Os observadores da ONU chegaram para verificar os crimes realizados nas últimas 24 horas, as violações do cessar-fogo, o massacre”, disse o diretor do OSDH. “Barulhos de novas explosões e tiros foram ouvidos no momento desta visita”, contou Rahman. Segundo ele, os observadores teriam se negado a atender ao pedido dos habitantes para que permanecessem na cidade enquanto realizam o enterro dos mortos de ontem. “Eles queriam realizar os funerais sem receber novos tiros”, explicou.

Em comunicado divulgado após a visita dos observadores, a ONU afirma ter havido uso de "armas pesadas de forma cega e desproporcional contra civis em Hula, o que configura uma grave violação do direito internacional e do cessar-fogo" aceito pelo regime de Damasco. O Exército Sírio Livre já ameaça romper o acordo.

Neste sábado, novos bombardeios em Homs deixaram pelo menos 18 mortos, levando a oposição síria a pedir uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU. 

No momento em que a trégua negociada há um mês e meio é violada diariamente, o emissário internacional da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, se prepara para viajar à Síria no início da próxima semana.

O OSDH denunciou a inércia da comunidade internacional e da Liga Árabe, que chamou de "cúmplices do regime sírio no massacre de Hula". Na sexta-feira, Abdel Rahman questionou o papel dos observadores da ONU mobilizados desde abril para controlar um cessar-fogo amplamente ignorado. "Desde meio-dia falamos dos bombardeios e nenhum dos observadores instalados em Homs se mexeu", afirmou.

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