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Mianmar/eleições

Aung San Suu Kyi denuncia pressões de adversários em eleições legislativas

A dois dias das eleições legislativas parciais em Miamar, ex-Birmânia, a líder da oposição Aung San Suu Kyi, que pela primeira vez será candidata, denunciou pressões “além do aceitável”, durante uma entrevista coletiva nesta sexta-feira em Yangun. Suu Kyi acusa seus adversários políticos de destruir seus cartazes de campanha, de manipular as listas eleitorais e de cometer atos de intimidação, incluindo ameaças de violência contra candidatos de seu partido.  

Aung San Suu Kyi, durante entrevista coletiva, em Yangun, nesta sexta-feira.
Aung San Suu Kyi, durante entrevista coletiva, em Yangun, nesta sexta-feira. Reuters
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“Para uma eleição democrática, o que acontece neste país sinceramente é além do aceitável. No entanto, estamos determinados a seguir em frente porque acreditamos que é o que quer o povo” declarou Suu Kyi.

Aos 66 anos, a Prêmio Nobel da Paz de 1991 ficou doente no último final-de-semana devido a uma fadiga crônica e no encontro desta sexta-feira com jornalistas reunidos em sua casa, deu sinais de que sua saúde continua frágil, mas sua determinação continua inabalável.

O partido de Suu Kyi, a Liga Nacional para a Democracia (LND), decidiu participar das eleições parciais após ter boicotado as legislativas de novembro de 2010. O partido apresentou uma lista de 44 candidatos nas 45 regiões que participaram da votação neste domingo.

A junta militar que assumiu o governo em 1962 transferiu o poder a um governo civil em março de 2011. Desde então, teve início um processo de abertura político para aliviar o boicote econômico imposto pela comunidade internacional.

Caso as eleições parciais sejam julgadas transparentes, os Estados Unidos poderão suspender medidas de restrições como vistos de entrada no país e congelamento de bens de personalidades ligadas ao regime militar. A União Europeia poderá suspender sua proibição de investir na indústria madereira ou em minas de pedras preciosas e de metais.

Muitos diplomatas acreditam na sinceridade demonstrada pelo regime em relação à maior abertura política em Mianmar e consideram que a eleição de Aung San Suu Kyi, e de outros candidatos da Lina Nacional pela Democracia, poderão reforçar a legitimidade do atual governo.

Poucos observadores foram autorizados a acompanhar as eleições legislativas parciais deste domingo, entre eles, 5 representantes da Associação dos Países do sudeste Asiático (ASEAN), que tiveram pouco tempo para preparar sua missão.

 

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