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Rússia/eleições

Centenas são detidos em protestos contra fraudes nas eleições russas

Pelo menos 200 pessoas foram detidas nesta segunda-feira em Moscou e São Petesburgo nas manifestações em protesto contra a vitória do premiê Vladimir Putin, vencedor das presidenciais neste domingo. O governo americano pediu que as irregularidades nas eleições sejam apuradas, mas os líderes ocidentais disseram que esperam reforçar as parcerias com a Rússia, apesar das denúncias de fraudes.

Opposition supporters gather before a protest demanding fair elections in central Moscow March 5, 2012.
Opposition supporters gather before a protest demanding fair elections in central Moscow March 5, 2012. REUTERS/Denis Sinyakov
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De acordo com informações do porta-voz do partido ‘Outra Rússia’, Alexandre Avérine, o escritor Edouard Limonov, opositor do governo, foi detido ao tentar reunir centenas de pessoas diante do prédio da Comissão Eleitoral Central. Em São Petesburgo, uma centena de opositores também foram presos, segundo a imprensa local, em um protesto que reuniu mais de 1500 pessoas. O premiê Vladimir Putin, presidente entre 2000 e 2008, venceu as eleições deste domingo e poderá continuar no poder até 2024. Na verdade, uma reforma constitucional votada durante o governo de Dmitri Medvedev, protegido de Putin, autoriza a partir destas eleições que o presidente seja reeleito por três mandatos consecutivos.

Diversas organizações denunciaram fraudes nas eleições. De acordo com a OSCE (Organização de Segurança e Cooperação na Europa), que enviou uma missão de 250 pessoas ao país para monitorar o pleito, houve diversas irregularidades. Segundo a ONG de monitoramento Logos, mais de 3 mil denúncias foram feitas. As câmeras instaladas em cerca de 90 mil centros de votação registraram algumas dessas violações.

A comunidade internacional reagiu às denúncias de fraude, sem deixar de reconhecer Putin como o novo chefe de estado. Os Estados Unidos pediram nesta segunda-feira que o governo russo lance uma investigação para apurar eventuais irregularidades, mas em um comunicado, o Departamento de Estado disse que o país "está pronto para trabalhar com Putin se os resultados forem validados." Já a chefe da diplomacia da União Europeia Catherine Ashton, pediu, em um comunicado que Moscou "remedie as lacunas do processo eleitoral."

O chanceler francês Alain Juppé declarou que, apesar das críticas, o objetivo da França "continuava a ser o de desenvolver uma parceria com o país." O presidente francês Nicolas Sarkozy também reiterou a intenção de fortalecer as relações bilaterais entre os países.  A chanceler alemã, Angela Merkel desejou sucesso em seu mandato e o premiê David Cameron também disse que o "resultado das eleições era decisivo."Os líderes europeus e os Estados Unidos também pediram que a Rússia adote uma outra posição em relação à Síria, reconhecendo a necessidade de uma transição no país.

 

 

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