Putin comemora vitória nas presidenciais russas em Moscou

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, foi declarado vencedor das eleições presidenciais deste domingo já no primeiro turno. Ele teria obtido cerca de 60 % dos votos segundo os primeiros resultados parciais divulgados pela comissão eleitoral russa. Pouco depois do fim da votação, a oposição acusou o governo de fraude. As eleições foram acompanhadas por 685 observadores internacionais.

Vladimir Putin discursou ao lado de Dmitri Medvedev

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, foi declarado vencedor no primeiro turno das eleições presidenciais deste domingo. Ele teria obtido mais de 60% dos votos, de acordo com os resultados parciais divulgados pela comissão eleitoral russa. Mais de 100 mil pessoas se reuniram no centro de Moscou para comemorar a vitória do premiê, segundo a polícia. Em um discurso diante de seus partidários, e ao lado de Dmitri Medvedev, Putin, com lágrimas nos olhos, disse que ganhou "uma disputa limpa e aberta." As imagens foram transmitidas pela TV. "Os eleitores impediram a destruição do estado", disse Putin. "Nós ganhamos hoje graças ao apoio da maioria, obtivemos uma vitória vital."

Este será o terceiro mandato de Putin como presidente, que deixou o poder em 2008. Na época, a Constituição russa não autorizava três mandatos consecutivos. Mas durante a gestão de Dmitri Medvedev, seu protegido, uma reforma constitucional permitiu a prolongação do mandato presidencial de quatro para seis anos, autorizando a reeleição por duas vezes consecutivas. Desta forma, se ganhar todas as eleições, o premiê poderá ficar no poder até 2024.

Logo depois da divulgação dos primeiros resultados, a oposição acusou Putin de fraude. Para o candidato comunista Guennadi Ziouganov, que ficou em segundo lugar com cerca de 17%, "essas eleições foram roubadas, totalmente desonestas. Como candidato, não posso reconhecê-las." Em terceiro lugar ficou o milionário russo
Mikhaïl Prokhorov com cerca de 7%. A taxa de participação é de cerca de 64%. Para o liberal Vladimir Rijkov, um dos organizadores dos recentes protestos que invadiram as ruas do país depois das legislativas de dezembro, "o pleito não tem legitimidade." Um contingente de cerca de 38.500 policiais foram destacados para fazer a segurança nas ruas da capital neste domingo.