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Jerusalém/confrontos

Confronto entre polícia israelense e palestinos deixa 16 feridos

Após uma semana de tensão, a polícia israelense e centenas de manifestantes palestinos confrontaram-se violentamente nesta sexta-feira diante da Esplanada das Mesquitas, na Cidade Antiga de Jerusalém. Ao todo, dezesseis pessoas, entre policiais e manifestantes, ficaram feridos.

Manifestantes palestinos correm da polícia israelense durante confrontos na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém nesta sexta-feira, dia 24 de fevereiro.
Manifestantes palestinos correm da polícia israelense durante confrontos na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém nesta sexta-feira, dia 24 de fevereiro. Reuters/Ammar Awad
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Segundo o porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld, os incidentes começaram na manhã de hoje, na saída do culto muçulmano, quando centenas de palestinos atiraram pedras na Porta dos Magrebinos, o único acesso da Esplanada das Mesquitas aos não-muçulmanos. "Dezenas de policiais chegaram no local logo depois, onde eles utilizaram bombas de gás lacrimogênio para dispersar os manifestantes", afirmou.

Os confrontos acontecem depois de uma semana de tensão entre muçulmanos e judeus na Esplanada das Mesquitas. Os muçulmanos, que têm o domínio da região, querem impedir os judeus religiosos de frequentarem o local. Israel também proíbe os judeus de virem rezar na Esplanada já que os muçulmanos consideram uma provocação que eles frequentem o local e se misturem aos turistas e aos pelegrinos não-judeus.

No último domingo, a polícia israelense interpelou 18 palestinos que haviam atacado turistas com pedras na Esplanada. Na terça-feira, os manifestantes enfrentaram a polícia que escoltava um grupo de pelegrinos cristãos e judeus. Ontem, sete palestinos foram presos após novos incidentes contra visitantes judeus.

A Esplanada das Mesquitas, que os muçulmanos chamam de Nobre Santuário e os judeus de Monte do Templo, é um lugar sagrado para o Islã e para o Judaísmo, mas é um lugar de permanente conflito entre as duas comunidades no coração da cidade santa. Foi uma visita do chefe da direita israelense Ariel Sharon ao local que desencadeou a segunda Intifada em setembro de 2000, já que o ato foi visto como uma provocação pelos palestinos.
 

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