CNT inicia negociações para formação de governo provisório
Depois de proclamar oficialmente a Líbia livre, em uma cerimônia realizada neste domingo em Benghazi, os atuais líderes líbios iniciaram negociações para formar, dentro de no máximo um mês, um governo provisório para comandar a fase de transição no poder no país, após 42 anos da ditadura de Muammar Kadafi. O número dois do Conselho Nacional de Transição, Mahmoud Djibril, anunciou que não fará parte deste governo provisório.
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As negociações devem ser complicadas diante das tensões pelo controle do poder entre islamitas e liberais, além de rivalidades tribais e até a gestão dos recursos do petróleo. O CNT espera realizar eleições para uma assembleia constituinte dentro de oito meses. Ontem, o presidente do Conselho, Moustapha Abdel Jalil, afirmou que a nova legislação do país será baseada na charia, a lei islâmica, que proíbe o divórcio e autoriza a poligamia.
O fim da era Kadafi foi celebrado por diversos países como a França, Grã-Bretanha e Estados Unidos. O anúncio da liberação total da Líbia foi ofuscado pelas dúvidas sobre as circunstâncias da morte do ex-ditador. Os atuais líderes afirmam que Kadafi foi morto em uma troca de tiros, mas imagens de vídeo e testemunhos indicam que ele foi executado.
A viúva de Kadafi e várias organizações internacionais, como a ONU, defendem uma investigação independente. Um dos responsáveis pelo CNT afirmou que o corpo de Kadafi, atualmente em Misrata, será entregue à sua família e o local do sepultamente ainda será definido com as autoridades do novo governo.
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