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Nigéria/ Eleições

Mais de 200 pessoas teriam morrido em distúrbios pós-eleitorais na Nigéria

Segundo a Ong Civil Right Congress, o número de feridos poderia chegar a 400. Muhammadu Buhari, candidato do principal partido de oposição, o Congresso para a Mudança Democrática, que perdeu a eleição, exigia nessa quarta-feira o fim das violências e denunciava graves fraudes eleitorais no Sul do país.

Forças militares em Kano, no norte da Nigéria, no dia 18 de abril de 2011
Forças militares em Kano, no norte da Nigéria, no dia 18 de abril de 2011 Reuters/Afolabi Sotunde
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Ainda segundo responsáveis da Ong, cerca de mil pessoas foram presas somente na cidade de Kaduna, onde um cessar-fogo de 24 horas está em vigor. As autoridades locais já tinham declarado que as violências entre as comunidades muçulmana e cristã, tinham deixado mortos sem dar números exatos para não motivar represálias.

Os conflitos afetam 14 dos 36 estados da Nigéria, principalmente Kano, Kaduna e Sokoto, onde manifestantes muçulmanos queimaram comércios, igrejas e casas.

O principal candidato da oposição, o general Buhari, muçulmano do norte, região pobre do país, ficou em segundo lugar nas eleições com 31% dos votos. O presidente Goodluck Jonathan, um cristão do sul, região rica em petróleo, foi reeleito com 57% dos votos, segundo a Comissão Eleitoral Independente.

Buhari contesta a vitória de Jonathan mas diz que respeita os canais legais e pediu o fim da violência. “Na região petrolífera do delta do Níger e no sudoeste não houve realmente uma eleição. Os partidários da oposição não foram autorizados a votar”, afirmou o candidato à rádio americana Voz da América. Em alguns estados do sul, Jonathan teve 95% e 99 % dos votos.

Goodluck Jonathan era vice-presidente e assumiu o posto de chefe de Estado em maio de 2010 com a morte de seu predecessor muçulmano Umar Yar’Adua. A eleição, segundo observadores, pareceu mais honesta e transparente que as anteriores eleições no país, mas que os resultados anormalmente superiores a favor de Jonathan nos estados do Sul, geram dúvidas sobre o escrutínio.

Os Estados Unidos felicitaram na terça-feira à noite Goodluck Honathan por sua vitória e pediram que os resultados fossem respeitados.

 

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