Brasil pode voltar a crescer em 2016, noticia Les Echos

A edição do Les Echos desta terça-feira (13) traz um artigo otimista sobre a economia brasileira. Segundo o jornal econômico francês, que entrevistou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o Brasil pode voltar a crescer.

Matéria sobre a economia brasileira, publicada pelo Les Echos desta terça-feira (13).

“O Brasil pode reencontrar o caminho do crescimento” é o título da matéria. A afirmação é do presidente do BNDES durante a entrevista realizada pelo correspondente do Les Echos no Brasil, Thierry Ogier. O artigo diz que o dirigente do poderoso Banco de Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social está confiante no futuro do país.

Apesar da gravidade da crise atual e das inúmeras pressões pelo impeachment de Dilma Rousseff, Coutinho tem certeza que a presidente não irá cair. Ele reconhece que as incertezas atuais pesam sobre a economia brasileira, que atravessa uma fase aguda de recessão, com inflação e dívida pública elevadas.

Volta do crescimento em 2016

Mas esse é um fenômeno transitório, estima o presidente do BNDES ao Les Echos. Luciano Coutinho é próximo de Dilma Rousseff, esclarece o jornal. Ele prevê que, com a superação da crise política e com os ajustamentos necessários, o crescimento vai voltar no segundo semestre do ano que vem, com uma taxa de 2 a 2,5%.

Outra previsão favorável é a queda da inflação, também em 2016, que provocará a redução dos juros e a volta dos investimentos, principalmente em infraestruturas. Até o rebaixamento da nota do Brasil pela Standard&Poors, que levou a desvalorização do Real no mês passado, é visto otimistamente. O presidente do BNDES pensa que a decisão pode servir de “catalisador para uma maior coesão ao governo.”

Les Echos ressalta ainda outros fatores externos que ameaçam a economia brasileira, como a desaceleração da economia chinesa, a queda dos preços das matérias primas e o provável aumento da taxa de juros americana. Mas os responsáveis brasileiros rejeitam em bloco a hipótese de uma fuga de capitais e a repetição de antigas crises, escreve o correspondente.