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França/Resenha da imprensa

PSG estreia no campeonato francês, em clima de "já ganhou"

Começa nesta sexta-feira (7) o campeonato francês de futebol, talvez com a maior disparidade entre equipes já vista no país. Os jornais franceses nem discutem mais quem vai ser campeão, mas como. Será que o Paris Saint-Germain vai repetir o feito da temporada passada e garantir a tríplice coroa, com o Campeonato Francês, a Copa da França e a Copa da Liga? Será que o atacante Zlatan Ibrahimovic vai ser o artilheiro? Essa noite, o clube da capital enfrenta o Lille, fora de casa, e ainda sem o reforço Di Maria, que está machucado.

Déjà-vu: equipe do PSG comemorando título
Déjà-vu: equipe do PSG comemorando título © Reuters
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O PSG e as outras equipes "não habitam o mesmo planeta" é o título de um gráfico do Aujourd'hui en France, que mostra os orçamentos dos clubes. O dos parisienses ultrapassa os € 500 milhões, quase o triplo dos € 180 milhões de que dispõe o Lyon, segundo colocado. Até o presidente do Lyon, que concedeu uma entrevista ao jornal, admite que não é "realista" achar que dá para vencer o PSG em uma competição: "o vice-campeonato virou o mesmo que o primeiro lugar".

Além do próprio Lyon, o vice-campeonato, que vale vaga para a Liga dos Campeões da UEFA, deve ser disputado entre o Mônaco e o Olympique Marseille. Quem corre por fora por essa vaga é o Montpellier, que foi o último campeão da era pré-PSG. De 2012 para cá, só deu Paris.

Pobre, mas estruturado

Aliás, o Libération traz uma matéria interessante sobre o Montpellier, que distoa completamente do glamour dos parisienses. Na quinta-feira, o PSG oficializou ontem a compra do atacante argentino Di Maria do Manchester United, por 63 milhões de euros. Foi a segunda maior transferência da história do futebol francês, tão importante, que está na capa do diário econômico Les Echos.

A maior transferência também tinha sido do PSG, a compra do atacante uruguaio Edison Cavani, em 2013. E a vinda do Di Maria só não aconteceu antes, porque o craque queria receber 12 milhões anuais e não 10,5 milhões, como a equipe propôs.

Enquanto isso, o teto salarial no elenco do Montpellier é de 60 mil euros. E, nem por isso, a equipe sofre uma debandada de talentos. Bem pelo contrário, com os cofres em dia, o Montpellier aposta na estabilidade e é um dos poucos clubes em que os jogadores passam várias temporadas, se identificam com a torcida...

Empréstimos na crise

É um contraste enorme, ainda mais nesse período de crise, em que os jogadores assinam contratos curtos, baseados em rendimento. Em sua matéria de capa, o Libération analisa como o mercado está "envenenado" por práticas duvidosas. Uma delas, muito conhecida dos brasileiros, é a profusão de empréstimos. De 2011 para 2013, eles triplicaram na Ligue 1, chegando a 51. E, a três semanas do fim da janela de transferências, já aconteceram 39, de onde se pode supor que 2015 baterá o recorde.

O jornal explica, que para o clube que recebe o jogador, trata-se de uma estratégia de sobrevivência de curto prazo: "o jogador é um ativo - inclusive financeiro, do ponto de vista legal -, para o clube que o contrata. Portanto, o objetivo é que esse ativo progrida com o tempo".

Um jogador emprestado não pode se dar a esse luxo, ele deve ser imediatamente eficaz, tanto faz se tem entrosamento com o time, se conhece a cidade, se tem amigos na região. Ele deve entrar em campo e jogar muito bem. Caso contrário, em poucos meses, ele está emprestado pra outro clube e o drama recomeça.

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