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Clima/ alerta

ONU adverte que ondas de calor serão cada vez mais comuns

A ONU pediu nesta quarta-feira (1) que os países adotem planos emergenciais contra as ondas de calor, porque o fenômeno será cada vez mais comum daqui para a frente. Segundo as Nações Unidas, as mudanças climáticas aumentam a ocorrência de períodos de calor excessivo. Atualmente, a Europa e a Ásia enfrentam temperaturas que chegam a 40ºC.

Soldados distribuem água para população em Karachi, no Paquistão.
Soldados distribuem água para população em Karachi, no Paquistão. REUTERS/Akhtar Soomro
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Pela primeira vez, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Meteorológica Mundial (OMM), duas instituições da ONU, se uniram para desenvolver um manual para especialistas e autoridades sobre as consequências das ondas de calor à saúde. Para as duas organizações, é preciso que os países desenvolvam planos de emergência e sistemas de alerta sobre a chegada de um período canicular, a exemplo do que fez a França em 2004. No ano anterior, 15 mil pessoas morreram em todo o país devido à falta de preparo e estrutura para enfrentar altas temperaturas.

“Embora esses sistemas existam na França, na Alemanha e em outros países desenvolvidos, eles ainda são novos e não são disseminados no resto do mundo”, explicou Diarmid Campbell-Lendrum, especialista da OMS, à agência AFP. O cientista demonstra preocupação com o atual quadro na China, na Índia e no Paquistão, que registram ondas de calores e não preveem um sistema emergencial para essa situação.

No Paquistão, mais de 1,2 mil pessoas já morreram nas últimas semanas, depois de quase 2 mil indianos terem morrido na segunda pior onda de calor da história do país, em maio.

Reação organizada

O especialista adverte que, graças a planos e sistemas de alerta, os governos são capazes de enviar mensagens de prevenção para a população, assim como informar sobre as medidas a serem adotadas em caso de calor extremo. Os hospitais também entram em alerta para um eventual aumento do número de pacientes com sintomas de desidratação.

As pessoas mais frágeis a essa situação são crianças e idosos, que devem redobrar os cuidados para evitar problemas de saúde. As altas temperaturas também ocasionam aumento da concentração da poluição nas grandes cidades, causando transtornos respiratórios.

Segundo a ONU, as mudanças climáticas vão aumentar a frequência e a duração do fenômeno. Além disso, a urbanização e o envelhecimento da população tendem a elevar o número de pessoas que se encontram na faixa da população de risco.

Não existe definição universal para os critérios de uma onda de calor: eles dependem do clima de cada região. Os especialistas da OMS e da OMM consideram que se trata de um forte calor diurno e noturno, por pelo menos dois dias consecutivos.
 

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