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Estados Unidos/Irã

John Kerry quebra a perna em acidente de bicicleta na França

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, quebrou o fêmur em um acidente de bicicleta neste domingo (31), na cidade francesa de Scionzier, fronteira com a Suíça. Ele foi transferido de helicóptero para um hospital de Genebra e continua internado, segundo o Departamento de Estado dos Estados Unidos.

Kerry conversa com Mohamad Javad Zarif, em Lausanne, na Suíça
Kerry conversa com Mohamad Javad Zarif, em Lausanne, na Suíça ISNA
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O acidente aconteceu às 9h40 no horário local (4h40 em Brasília) e não envolveu nenhum outro veículo. De acordo com o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, "havia médicos e paramédicos no comboio do secretário no momento do acidente". A condição de Kerry é estável. Outro funcionário americano, que não estava no local e pediu anonimato, afirmou que ele permaneceu acordado e consciente depois da queda.

A mesma fonte afirmou que Kerry perdeu o equilíbrio e caiu ao tentar fazer uma curva, na cidade a 40 km de Genebra. O secretário de Estado, que completará 72 anos em dezembro, é um esportista nato. A todas as suas inúmeras viagens à Europa, ele leva sua bicicleta pessoal.

John Kerry se encontrava em Genebra desde sexta-feira para uma importante rodada de negociações sobre o programa nuclear Teerã com o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif. As conversas deveriam continuar neste domingo, mas se resumiram ao encontro de seis horas no sábado. Nesta tarde, ele deveria viajar para Madri, antes de seguir para Paris na segunda-feira, onde participaria, no dia seguinte, de uma reunião da Coalizão Internacional contra o grupo Estado Islâmico.

Essa agenda foi cancelada e o secretário de Estado voltará ainda neste domingo aos Estados Unidos para receber tratamento no hospital de Boston, Massachusetts. 

Rodada decisiva

Desde 2013 as potências do 5+1, grupo formado por Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha, negociam com Teerã com o objetivo de encontrar uma forma de controlar as ambições nucleares iranianas. A comunidade internacional teme que o Irã esteja construindo a bomba atômica - o que a República Islâmica nega.

A rodada deste sábado era considerada decisiva já que as partes só tem até 30 de junho para chegar a um acordo. Esse prazo foi determinado depois que um texto preliminar foi redigido em abril. Apesar de europeus e iranianos terem cogitado nesta semana uma prorrogação, os negociadores americanos já avisaram que pretendem respeitar a data.

Mas o encontro deste sábado já começou com um obstáculo, pois o Irã recusa que a Agência Internacional de Energia Atômica faça vistorias em suas bases nucleares. Pouco antes do início da reunião, Abbas Araghchi, negociador de alto escalão iraniano, confirmou que seu país "rejeita a inspeção das instalações militares" e a realização de interrogatórios com seus cientistas. A agência considera que deveria ter acesso a todas as instalações nucleares do país, inclusive as militares, para poder garantir o caráter pacífico do programa.
 

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