Sarkozy é o grande vencedor do 1° turno das eleições departamentais
Os resultados do primeiro turno das eleições departamentais deste domingo na França estão nas manchetes de todos os jornais franceses que circulam nesta segunda-feira (23). A imprensa destaca a derrota do governo socialista, a vitória do partido do ex-presidente Nicolas Sarkozy, e o resultado abaixo do previsto da extrema-direita.
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Ao lado de um gráfico com a totalização dos votos até a madrugada, Le Figaro informa seus leitores que o partido UMP e seus aliados UDI e Modem chegaram à frente do primeiro turno com 29,5% dos votos. A Frente Nacional, de extrema-direita, conquistou o segundo lugar com 25,4% e, em terceiro vem o Partido Socialista (PS) com 21,3%, o grande derrotado, segundo o diário conservador.
Em seu título, Le Figaro resume o recado das urnas: O UMP, do ex-presidente Nicolas Sarkozy, é o grande vencedor, a Frente Nacional, da líder Marine Le Pen, se expande no cenário político francês e o PS, do presidente François Hollande e do primeiro-ministro Manuel Valls, se enfraquece.
Em editorial, Le Figaro diz que as eleições de domingo trouxeram três grandes surpresas que confirmam a teoria de que é preciso sempre desconfiar das sondagens. As pesquisas de opinião previam uma vitória esmagadora da extrema-direita.
“Foi a direita que venceu, favorecida pelo tom mais conservador adotado nos últimos dias de campanha”, analisa. Sarkozy vibra com o sucesso já que seu partido volta a liderar a França. Segunda surpresa, segundo o jornal, a ala da esquerda da esquerda, como é chamada na França, resistiu melhor do que o previsto, mas não impediu um fracasso retumbante do PS nas urnas.
E, terceira surpresa, a Frente Nacional implanta bases eleitorais pelo interior do país onde não existia, mas sem se tornar o primeiro partido político francês, como seus líderes aspiravam.
Primeiro turno revela vantagem de Sarkozy
O presidente do partido UMP é o grande vencedor desta primeira etapa das eleições departamentais, escreve o Le Parisien. Ele chegou à frente de uma esquerda completamente dividida e da Frente Nacional, de extrema-direita, bem menos forte do que anunciado.
Le Parisien lembra que, mais uma vez, as sondagens se enganaram e os franceses foram às urnas em número bem maior do que o previsto neste domingo. A taxa de abstenção, de 49%, é bem menor do que nas últimas eleições departamentais. Segundo o jornal, Sarkozy ganhou o primeiro round da batalha e o PS sai derrotado, mas não humilhado do 1° turno.
Partidos resistem a avanço da extrema-direita
Libération afirma que o resultado deste domingo mostrou três facetas de um mesmo país. O jornal escolheu diferentes departamentos na França para explicar o voto dos eleitores nos três principais partidos.
E o editorial concluiu que os partidos chamados republicanos, ou seja, UMP e PS, resistiram melhor do que o previsto ao crescimento da extrema-direita, apesar de que a líder da Frente Nacional comemora o melhor resultado já realizado por seu partido em uma eleição local.
“Mas resistência não é vitória”, afirma o jornal lembrando que a extrema-direita se implanta cada vez mais pelo interior do país. “Um em cada quatro franceses votou em um partido que quer tirar a França da União Europeia, fechar suas fronteiras e implantar uma política discriminatória”, analisa. A solução para a esquerda, escreve Libé, é se unir para o segundo turno e tentar se aproximar do grande vencedor, a direita de Nicolas Sarkozy.
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