Acessar o conteúdo principal
França

"Lutar contra mudanças climáticas é lutar pelas mulheres", diz chanceler francês Laurent Fabius

Na véspera deste 8 de março de 2015, Dia Internacional da Mulher, o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, divulgou um texto em que exorta a importância das mulheres no contexto das lutas contra o aquecimento global. Fabius defende a importância do papel das mulheres no combate ambiental, reconhecendo que as mais pobres são as maiores vítimas dos desequilíbrios climáticos.

O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, não separa a luta climática da luta pelos direitos da mulher.
O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, não separa a luta climática da luta pelos direitos da mulher. © Ministère des Affaires étrangères/Frédéric de La Mure
Publicidade

Laurent Fabius, ministro das Relações Exteriores da França

O ano de 2015 vai ser decisivo para o nosso planeta: em dezembro, em Paris, o objetivo da COP 21 (Conferência da ONU sobre as mudanças climáticas) será concluir um acordo universal que possa limitar o aquecimento global em  dois graus.

Neste domingo, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, eu quero insistir em um ponto importante: a promoção da igualdade entre mulheres e homens podem contribuir para o sucesso desta negociação; inversamente, um sucesso da COP 21 poderia contribuir para a redução dessas desigualdades.

Por quê? Em primeiro lugar, as mulheres são as primeiras vítimas das mudanças climáticas, pois as populações pobres, mais vulneráveis, é que sofrem as maiores conseqüências. Ora, as mulheres representam 70% da população pobre no plano mundial. Elas são e serão as primeiras afetadas.

Segundo a ONU, quando uma catástrofe natural atinge uma região, o risco de morte é 14 vezes maior para as mulheres, principalmente porque elas não são o alvo prioritário dos programas de alerta e prevenção de catástrofes.

O desequilíbrio climático multiplica também as obrigações das mulheres, que se incumbem de numerosas tarefas como fornecer alimentos, água e combustível às suas famílias. Os efeitos das mudanças climáticas sobre a fertilidade dos solos, sobre a disponibilidade de recursos de água e, por conseqüência, sobre a segurança alimentar dos países em desenvolvimento, exercem uma pressão mais forte ainda sobre as mulheres. Um outro elemento preocupante são as obrigações que provocam uma sobrecarga de trabalho doméstico que, com freqüência, levam as meninas a não se escolarizarem.

A conclusão é simples: lutar contra as mudanças climáticas é lutar também pelos direitos das mulheres.
As mulheres devem estar no centro das estratégias nacionais e locais de luta contra as mudanças climáticas assim como no centro das negociações internacionais sobre o assunto.

Enquanto futuro presidente de COP 21 de Paris, estarei vigilante quanto a isso. A batalha pelo clima é um combate a ser feito em nome das mulheres e com as mulheres.
.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.