Líderes da União Europeia se reuniram nesta quinta-feira, em Bruxelas, para falar sobre a escalada de tensão entre Ucrânia e Rússia e discutir eventuais sanções a Moscou, por conta do avanço de tropas russas sobre a península da Crimeia.
“Essas sanções poderiam incidir sobre o congelamento dos bens e a suspensão de vistos dos oficiais russos que estão envolvidos no comando da operação na Criméia”, conta ao programa Linha Direta a correspondente da Rádio França Internacional em Bruxelas, Letícia Fonseca. Além de outras medidas, pode entrar na lista de sanções a suspensão da assinatura de um novo acordo de cooperação entre UE e Rússia.
“O bloco europeu, porém, está um pouco dividido sobre a questão”, observa Letícia. “Enquanto a França, Polônia, Suécia e os países bálticos estão a favor, a Alemanha permanece reticente e a Grã-Bretanha se opõe”.
Na manhã desta quinta-feira, a União Europeia anunciou o congelamento dos bens de 18 políticos do antigo regime ucraniano suspeitos de desvio de verbas públicas. Entre eles, ex-presidente Viktor Yanukovitch, que está refugiado em Moscou.
Enquanto a Europa discute sanções, os Estados Unidos já começaram a pressionar Moscou diplomaticamente: “Washington anunciou a suspensão de toda a cooperação militar com os russos, incluindo encontros bilaterais e manobras militares conjuntas, além da suspensão das negociações de um tratado comercial”.
Além das medidas repressivas à Rússia, europeus e norte-americanos se esforçam para salvar a economia ucraniana. Estados Unidos acenam com a possibilidade de conceder uma linha de crédito de US$ 1 bilhão e o bloco europeu pretende conceder até US$ 11 bilhões, como explica Letícia Fonseca. Para ouvir o Linha Direta completo, clique no link acima.
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