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Hollande dribla pressão em coletiva e convence a imprensa francesa

Os jornais de hoje dão amplo destaque à entrevista coletiva concedida nesta terça-feira (14) pelo presidente François Hollande. A imprensa analisa as medidas econômicas anunciadas pelo líder socialista, para combater a morosidade econômica, e também opina sobre a forma como ele abordou a revelação de seu relacionamento extraconjugal pela revista Closer.  

Capa dos jornais Libération, La Croix, L'Humanité e Le Figaro desta quarta-feira,15 de janeiro de 2014
Capa dos jornais Libération, La Croix, L'Humanité e Le Figaro desta quarta-feira,15 de janeiro de 2014
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O jornal de esquerda Libération acha que Hollande finalmente se "liberou" na coletiva, assumindo explicitamente uma linha social-democrata, o que significa menos espaço para a ala mais a esquerda do Partido Socialista e para os ecologistas que estão na coalizão de governo. Hollande se livrou das perguntas sobre sua vida privada logo no início da coletiva e estabeleceu uma linha política com metas claras, objetivos e datas, elogia o Libération.

Para o jornal progressista, a coletiva "abriu um novo capítulo no mandato de Hollande, que ninguém sabe se vai dar certo, mas ao menos parece com um programa presidencial".

Em manchete, o diário católico La Croix afirma que Hollande anunciou medidas de apoio às empresas, como a redução dos encargos sociais, para facilitar a criação de empregos. Em seu editorial, o jornal diz que não havia pior momento para o socialista demonstrar sua autoridade, devido à fofoca do caso extraconjugal, mas Hollande se saiu globalmente bem.

Segundo o La Croix, o presidente soube apresentar com firmeza uma série de medidas econômicas e deixar claro à população que as medidas de austeridade vão perdurar.

O Les Echos, jornal especializado em economia, que vinha criticando muito a política ecônomica do líder socialista, afirma que finalmente Hollande respondeu às expectativas dos empresários. "Bravo pela redução dos encargos sociais das empresas, mas faltou clareza nos cortes das despesas públicas ", observa o editorial. "O presidente não negou a gravidade da crise que o país atravessa", diz o Les Echos.

Ele admitiu publicamente que pecou ao longo do último ano por excesso de otimismo, mas agora corrigiu a linha de sua política econômica. A decepção, segundo o Les Echos, fica por conta de Hollande não ter detalhado as economias no orçamento público.

O Le Figaro, em tom crítico, diz em editorial que "espera ver para crer" no resultado das medidas aunciadas ontem.
 

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