A Irlanda é o primeiro país da zona do euro, que como Portugal, Grécia e Chipre aceitou um plano de ajuda internacional, a dar sinais concretos de recuperação econômica. Ela vai retomar sua soberania plena, mas com muitos obstáculos pela frente.
Em 2010, a República da Irlanda recebeu ajuda de 85 bilhões de euros, quando a explosão da bolha imobiliária ameaçava o sistema bancário, à beira de uma falência total. A troika – Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional – impôs um plano de austeridade à Irlanda, com aumento de impostos, vendas de ativos públicos e outras reformas estruturais dolorosas.
Com o caixa entrando em ordem, a Irlanda volta a atrair investidores. O crescimento para este ano vai ser de apenas 0,2%, mas a previsão é de 2% para o ano que vêm. Segundo especialistas, o setor bancário ainda é o maior desafio da etapa seguinte ao plano de ajuda da troika.
Marcos Troyjo, professor na Universidade Columbia, em Nova York: “A questão da austeridade e expansão é um falso debate, a grande questão é se o modelo econômico estrutural adotado é consistente. E no caso da Irlanda, sim, é consistente, pois o país investe o PIB em ciência e tecnologia, o que é uma boa estratégia. Os irlandeses deram a volta por cima, mas é preciso que isso se torne sustentável”.
Já a brasileira Flora Cosentino, há seis anos na Irlanda, diz ter sentido a crise como uma fase de restrições, de cortes, mas nada traumático.
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