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A Cité de la Musique, templo da música abrigado pelo parque La Villette, no norte de Paris, abriga desde o dia 15 de outubro a exposição Europunk!. São seis sessões que contam a história deste movimento de contestação, que se manteve entre o niilismo e o anarquismo, e, em som e imagens, explodiu no New Wave do fim dos anos 70 e ditou a estética dos 80.

The Clash: ícone do punk rock londrino e um dos grupos lembrados na exposição Europunk
The Clash: ícone do punk rock londrino e um dos grupos lembrados na exposição Europunk Wikimedia Commons
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A mostra parisiense se divide em seis etapas: a primeira, como não podia deixar de ser, é dedicada inteiramente aos Sex Pistols. E, claro, a Malcolm McLaren, este estilista/produtor que apresentou Johnny Rotten aos outros Pistols e criou a estética do punk anarquista do fim dos setenta. Bazooka é nome da sessão seguinte, dedicada ao punk francês.

Depois, o visitante, sempre imerso em músicas, cartazes e capas de disco, se joga nas três palavras de ordem da atitude punk: "faça você mesmo", "anarquia" e "wtf", que aqui vamos traduzir polidamente por "niilismo". Ao longo das palavras de ordem, descobrem-se as expressões do movimento em outras partes da Europa, como a Alemanha, a Holanda e a Itália. A despedida, evidentemente, fica a cargo do New Wave e sua inconfundível estética oitentista.

London Calling
Apesar de outros países europeus estarem representados na mostra, quando falamos em punk, é impossível não pensar em Londres. Por isso, o Agenda Europa aproveita o gancho e vai até o Tate Modern, que recebe uma privilegiada mostra do mestre modernista Paul Klee. Trata-se de uma expressiva compilação de pinturas, desenhos e aquarelas de colecionadores do mundo inteiro.

Interessante da exposição é que esta é a primeira vez, desde que Klee morreu, em 1940, que as obras são dispostas no jeito e na sequência que ele queria. Uma mostra que permite ao apreciador de arte compreender o percurso deste artista que fundiu como ninguém a pintura abstrata à pictórica. De acordo com o diretor do Tate Modern, o belga Chris Decron, é uma mostra profundamente "pedagógica", que atrai não só quem já conhece e gosta do assunto, mas também crianças e jovens. A exposição fica em cartaz até o dia 9 de março de 2014.

Cinema
Ainda em Londres, acontece nesta semana o London Screenwriters Festival (Festival de Roteiristas de Londres). Durante três dias, mais de 100 profissionais do texto cinematográfico dão palestras e workshops para quem aspira entrar no mercado. E, principalmente, para aqueles escritores que desejam trabalhar para os grandes estúdios. Que preparem suas canetas! E os cotovelos, porque os ingressos estão esgotados e lista de espera é longa. Pelo menos, o evento é anual.

Na contramão da proposta do London Screenwriters Festival, aparece a Semana de Cinema de Valladolid (SEMINCI), na Espanha. No texto de apresentação da mostra, que começa no dia 19 e dura até o 26 de outubro, o diretor Javier Angulo faz um manifesto reivindicando que "o cinema sirva para algo mais do que o entretenimento". E acusa um fechamento sistemático das salas de cinema no país, motivado pela crise financeira global, a alta carga tributária e o predatorismo da produção hollywoodiana.

A ideia da Semana é valorizar o cinema de autor e trazer estas reflexões por meio de palestras, aulas abertas, conversas com produtores e diretores e, claro, muitas sessões de filmes. Neste ano, o foco do festival é a produção marroquina. Quem estiver pela região não pode deixar de conferir.

Da Hispânia à Gália
Da Península Ibéria, a Agenda Europa volta para a França, assim como fez Julio César em meados dos anos 50 antes de Cristo, quando conquistou toda a Gália. Toda? Não! Uma pequena aldeia povoada por irredutíveis gauleses ainda resiste ao invasor. Mas, desta vez ela não está na Costa da Armórica, como nos clássicos quadrinhos de Albert Uderzo e René Gosciny, mas na Biblioteca Nacional da França.

É que a BNF recebe, entre 16 de outubro deste ano e 19 de janeiro de 2014, uma exposição sobre Asterix e seus criadores. E o coração da mostra é uma coleção de esboços originais de todos os álbuns do herói gaulês e seu fiel escudeiro (ou melhor, carregador de menires), Obelix. Entre os 41 livros expostos, estão os originais dos dois primeiros: "Asterix, o Gaulês" e "A Foice de Ouro". Compõem a exposição também manuscritos, roteiros datilografados, fotografias, brinquedos e jogos. De acordo com a curadora Carine Picaud, trata-se de uma mostra que dá a dimensão cultural deste patrimônio francês.

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