Washington quer ajuda de Pequim para aliviar tensão na península da Coreia

Em giro pela Ásia, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, se encontrou neste sábado com o presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim. Os EUA pressionam a China para ajudar a aliviar a tensão provocada por ameaças de ataques da Coreia do Norte. Kerry já passou por Seul, na Coreia do Sul, e depois segue para Tóquio.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o presidente da China, Xi Jinping, em Pequim, neste sábado, 13/04/2013. REUTERS/Paul J. Richards/Pool

“Estamos vivendo um período crítico, com grandes desafios”, declarou Kerry para Xi. Entre os desafios, o secretário de Estado citou a questão da península coreana, as ambições nucleares do Ira, a Síria, o Oriente Médio e as tensões financeiras.

Washington quer que Pequim bote freios nas ameaças beligerantes do jovem líder Kim Jong-Un, a fim de trazer a Coreia do Norte de volta à mesa de negociações sobre o seu controvertido programa nuclear.

Pyongyang tem ameaçado atirar mísseis contra a Coreia do Sul e territórios americanos em retaliação a exercícios militares conjuntos desses dois países. O regime comunista do Norte também contesta as sanções econômicas impostas pela ONU por causa dos testes nucleares e lançamentos de foguetes executados por Pyongyang.

A China tem apoiado a Coreia do Norte desde a Guerra da Coreia (1950-1953). A influência de Pequim sobre Pyongyang é muito grande, pois é a principal fornecedora de ajuda ao isolado regime. As estimativas são de que o governo chinês seja responsável pelo fornecimento de até 90% das importações de energia de Pyongyang, 80% de bens de consumo e 45% de alimentos.

Antes de ir a Pequim, Kerry passou pela Coreia do Sul, e em seguida, vai para o Japão, que também vê com apreensão as ameaças de Pyongyang.