França condena uso de bombas de fragmentação pelo exército sírio
O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, condenou nesta quarta-feira o uso de bombas de fragmentação pelas forças de Bashar al-Assad. Em reunião com representantes dos comitês que administram as zonas liberadas na Síria, ONGs e governos, ele declarou que "nos últimos meses, o regime promoveu uma escalada de violência, recorrendo aos (aviões) MiG, ao lançamento de barris de dinamite e, ao mais recente e ainda mais terrível uso de bombas de fragmentação".
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Estes dispositivos são repletos de projéteis, que aumentam consideravelmente o dano: além da própria explosão, que pode ferir e matar centenas de pessoas, ela espalha estes fragmentos em todas as direções, criando uma segunda onda de impacto. Os equipamentos que falham momentaneamente podem explodir muito tempo depois, o que cria um perigo constante - especialmente para a população civil.
O uso destas bombas por parte do regime de Assad foi denunciado por diversas ONGs. Em especial, a Human Rights Watch comunicou no domingo que a força aérea síria teria lançado estes explosivos perto de Maaret al-Noomane, onde o exército entrou em confronto com rebeldes que tentavam chegar a Aleppo.
Em comunicado emitido na segunda-feira, Damasco negou ter utilizado bombas de fragmentação. "O exército sírio não dispõe deste tipo de armamento", declarou o comando geral das forças armadas. O mesmo texto enquadra a publicação destas acusações em uma "campanha de desinformação contra a Síria".
No entanto, em 2008, a Síria não ratificou a Convenção sobre as armas de fragmentação, que proibiu produção, armazenamento, transferência e utilização deste tipo de equipamento, além de prever a destruição dos estoques extistentes. Mais de cem estados assinaram o compromisso.
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