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Imprensa

Islamitas pressionam governo francês por causa de filme anti-islã

Um nova manifestação convocada para o próximo sábado em Paris, em protesto contra o filme considerado ofensivo ao islamismo, é o assunto em destaque do Le Figaro que circula nesta quarta-feira. Segundo o jornal, através de redes sociais os extremistas estão se mobilizando e ameaçam fazer nova manifestação na capital, como a realizada na semana passada na avenida Champs Elysées.

Capa do jornal francês Le Figaro desta quarta-feira, 19
Capa do jornal francês Le Figaro desta quarta-feira, 19
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Mobilizados em uma "cruzada determinada" contra o filme "A inocência dos muçulmanos", que inflamou o mundo árabe, os islamitas mais exaltados estão aumentando a pressão e se organizando em solo francês, escreve o Le Figaro em tom de alerta. O governo deve reagir com firmeza para evitar excessos e a sociedade francesa não deve ceder às provocações desses extremistas, diz o editorial do Le Figaro.
O jornal conservador afirma ainda que os muçulmanos têm uma longa lista de tentativas para impor seus valores à sociedade francesa como os pedidos para rezar nas ruas, escolher médicos nos hospitais e, nas escolas públicas, só comer carne abatida segundo os rituais muçulmanos, além de usar véu. Direitos que são contraditórios com as leis francesas, afirma o jornal. No mesmo texto, o Le Figaro também chamou de irresponsável a publicação de charges do profeta Maomé pelo semanário francês Charlie Hebdo.

Controle de identidade

O estilo e as decisões do ministro francês do Interior, Manuel Valls, também aparecem nas manchetes de vários jornais. Para o Aujourd'hui en France, quatro meses após assumir o cargo, Valls se tornou indispensável ao governo, conservando sua maneira firme e direta de abordar os assuntos e sua tendência para a transgressão.
O jornal faz referências às suas ações para expulsar da França as famílias de ciganos em situação irregular e à sua posição contrária ao direito de voto aos estrangeiros. Já o Libération afirma que além do voto aos estrangeiros, Manuel Valls abandona outra promessa de campanha de François Hollande, a de oferecer um comprovante às pessoas que forem controladas em uma batida policial. O Libé considera que se fosse adotada, a medida serviria para controlar sobretudo o trabalho dos policiais e eventuais deslizes preconceituosos já que a polícia francesa é acusada com frequência de controlar a identidade pela aparência física.
 

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