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Afeganistão/Atentado

Ataque suicida em protesto a filme anti-Islã mata 12 em Cabul

Nesta terça-feira, na estrada para o aeroporto de Cabul, no Afeganistão, um novo atentado suicida em protesto contra o filme que satiriza o profeta Maomé deixou doze mortos, sendo nove estrangeiros e três afegãos. Dois policiais ficaram feridos. Entre as vítimas fatais, oito eram sul-africanos. 

Atentado suicida ocorrido hoje, perto do aeroporto internacional de Cabul ,em protesto contra o filme anti-Islã.
Atentado suicida ocorrido hoje, perto do aeroporto internacional de Cabul ,em protesto contra o filme anti-Islã. REUTERS/Omar Sobhani
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Os estrangeiros mortos trabalhavam para uma companhia privada de segurança que opera no terminal aéreo. Em uma semana, os protestos contra a difusão do filme amador anti-islâmico "A Inocência dos Muçulmanos" já deixaram mais de 30 mortos em todo o mundo.

O ataque foi reinvindicado pelo movimento Hezb-e-Islami, o segundo maior da insurreição afegã depois dos talebãs. Um porta-voz do grupo afirmou que o ataque foi uma resposta à difusão do filme, produzido nos Estados Unidos.

Pelo segundo dia consecutivo, o Afeganistão registrou violentas manifestações antiamericanas. Em Kunduz, no norte do país, centenas de estudantes afegãos queimaram fotos do presidente Barack Obama e jogaram pedras contra a polícia, gritando "Morte à América".

Na segunda-feira, centenas de pessoas já haviam incendiado veículos e jogado projéteis contra a base americana em Cabul.

O braço da rede terrorista Al Qaeda no norte da África divulgou hoje um comunicado pedindo que os fiéis muçulmanos matem os repersentantes americanos na região, como represália à difusão do filme anti-Islã. No resto do mundo muçulmano, as autoridades continuam tentando controlar a revolta provocada pelo vídeo que satiriza o profeta Maomé.

O governo de Bangladesh anunciou ter bloqueado o acesso ao site YouTube, em uma tentativa de impedir novas manifestações violentas. As autoridades do país afirmaram que já haviam pedido, sem sucesso, à empresa Google, proprietária da plataforma YouTube, que retirasse o vídeo do ar.

Google já bloqueou o acesso ao filme no Egito, na Índia, na Indonésia, na Líbia e na Malásia.

 

 

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