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Gravidade da crise obriga François Hollande a mudar seu estilo "normal"

O anúncio de que o número de desempregados na França ultrapassou a barreira simbólica dos 3 milhões de pessoas trouxe às principais manchetes da imprensa o cenário de crise instalado na paisagem econômica e política do país. A gravidade da crise, segundo a imrpensa francesa, obriga o presidente François Hollande a mudar seu estilo e acelerar a ação de seu governo.

O presidente francês, François Hollande.
O presidente francês, François Hollande. Reuters
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A explosão do desemprego na França coloca o governo Hollande sob pressão, anuncia a manchete do jornal Le Figaro. O jornal escreve que o anúncio do ministro do Trabalho de que mais de 3 milhões de franceses estão à procura de trabalho foi uma ducha de água fria e reforça o sentimento de urgência diante da situação.

Para o Le Figaro, o governo pretende acelerar seu pacote de medidas convocando o parlamento para se reunir em 10 de setembro e já prepara a população para a ideia de que as mudanças vão levar algum tempo.

O Le Parisien traz uma lista de oito temas espinhosos que o governo do presidente Hollande tem pela frente. A alta do desemprego encabeça a lista que traz ainda o problema de uma reforma fiscal e aumento de impostos, segurança, preço da energia, intrigas dentro do governo e até a queda na popularidade do chefe de estado. O campo está minado para François Hollande, resume o Le Parisien.

O Libération anuncia em sua manchete o fim de um presidente normal, referência à frase empregada pelo próprio Hollande para definir seu estilo de governar para marcar bem a diferença de Nicolas Sarkozy.

Com tantos problemas, o chefe de estado tem que mudar seu estilo e seu ritmo mas sem que seja totalmente assumido, segundo o jornal. Um analista do Libération afirma que Hollande pensava ainda ter um tempo mais longo para agir mas ele subestimou a extensão da crise econômica e social e se vê obrigado a ajustar seu estilo sereno diante da urgência da situação.

O econômico Les Echos destaca a operação de salvamento do governo francês a um outro banco do país, o Crédito Immobilier de France. À beira da asfixia financeira, o estado estendeu a mão ao CIF com 20 bilhões de euros para evitar o naufrágio da instituição que administra 34 bilhões de euros de crédito imobiliário. Mas em breve todo o setor bancário deverá passar por reformas, avisa o Les Echos.
 

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