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Síria/conflito

França pede maior mobilização dos europeus pela causa síria

O governo francês pediu nesta sexta-feira uma maior mobilização da ajuda humanitária aos refugiados sírios, especialmente por parte das nações e organizações europeias. O apelo veio em um comunicado divulgado pelo porta-voz do ministério das Relações Exteriores do país.

Imagem desta quinta-feira retrata o campo de refugiados sírios na cidade de Mafrag, na Jordânia.
Imagem desta quinta-feira retrata o campo de refugiados sírios na cidade de Mafrag, na Jordânia. REUTERS/Majed Jaber
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“A França está resolvida a continuar e a reforçar as ações de ajuda humanitária pelos refugiados sírios. O país dará sequência a ações a título nacional para militar pelo crescimento da ajuda humanitária europeia”, declarou o porta-voz Vincent Floreani.

A União Europeia forneceu um total de 146 milhões de euros em apoio à Síria - 69 milhões foram tirados do orçamento da Comissão Europeia. Um montante extra de quase 9 milhões de euros foi anunciado ontem pelos ministros das Relações Estrangeiras da França e do Reino Unido, Laurent Fabius e William Hague, respectivamente, em uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York.

Os dois líderes pediram que uma reunião sobre o financiamento das agências da ONU seja realizada o mais breve possível. Até o momento, o apelo pela ajuda humanitária na Síria reuniu 196 milhões de dólares dos 373 milhões de dólares esperados.

Fabius ressaltou que uma parte do dinheiro vai para as zonas “liberadas” no norte e no sul da Síria, administradas por rebeldes. “Talvez os sírios que queiram fugir do regime encontrarão um abrigo nestes locais, tornando menos necessário ultrapassar as fronteiras do país com a Turquia, Líbano, Jordânia ou Iraque”, reiterou.

Na tarde desta sexta-feira, o governo da Suécia também anunciou a contribuição de quase 3 milhões de euros à causa. O país, que é um dos principais contribuidores à ajuda humanitária para a Síria, já doou quase 22 milhões de euros desde o início de 2012.

De acordo com a ONU, há pelo menos 1,2 milhões de refugiados sírios. A Turquia, Jordânia, Líbano e Iraque abrigaram 221 mil pessoas que fugiram das violências do regime de Bashar Al-Assad. De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), 25 mil morreram desde o início da revolta no país, em março de 2011.

Confrontos em Damasco e Aleppo

Combates na região de Damasco e Aleppo, as duas principais cidades da Síria, continuam sendo travados sem nenhum registro de diminuição das violências. Uma intensa batalha foi registrada nesta sexta-feira em um edifício dos serviços de segurança do regime de Bashar Al-Assad em Aleppo. Rebeldes e exército se enfrentam nos bairros de Salaheddine e Saif El-Dawla.

Já em Damasco, as tropas bombardeiam o bairro de Rankous. Em Sayide Zeinab, rebeldes capturaram nove membros do exército sírio.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, pediu hoje que o governo sírio não utilize mais armas pesadas para facilitar o fim das violências no país. Ele também fez um apelo para que todos os países que fornecem armas aos dois lados da revolta parem de fazê-lo.
 

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