Curiosity – Curiosidade: este é o nome do jipe-robô de quase uma tonelada que pousou leve como uma pluma na superfície do planeta Marte. A façanha da agência espacial americana – a NASA – é extraordinária. A precisão do pouso e o fato de que o robô esteja funcionando já é uma proeza. Mas a ambição do programa vai muito além. Trata-se, nada mais nada menos, do que tentar encontrar vestígios de vida no planeta vermelho, nosso mais próximo vizinho depois de Vênus....O nome do bichinho foi bem escolhido. Não há planeta que suscite tanta curiosidade. A ideia de que haveria vida em Marte é antiqüíssima, sem falar de todos os livros ou filmes que contam uma invasão da Terra por marcianos. Mais curioso é novo interesse oficial pela conquista do nosso vizinho planetário. Como se ir até a Lua fosse já uma coisa sem graça, um simples passeio num trem suburbano. Mas na verdade, curioso é ver a NASA atirar dois bilhões e meio de dólares no espaço em plena crise econômica global. E não é só os Estados Unidos. A Rússia, a China e até a Índia estão programando missões marcianas caríssimas....Depois da conquista lunar, os programas espaciais perderam muito do glamour que tinham na época. Os orçamentos da NASA minguaram e a aventura espacial russa desmoronou com a crise e a implosão da União Soviética. O espaço se transformou numa atividade mundana – as idas e voltas à Estação Espacial Internacional que gira há anos em volta da Terra. Ou então em experiências científicas importantes e longínquas, mas sem a força do sonho de viagens humanas nas estrelas. O resto é o dia a dia dos satélites artificiais cada vez mais numerosos, com o risco de criar um perigoso lixo orbital. Só que, de repente, o espaço está de novo na moda...Ouça a crônica completa do nosso analista político Alfredo Valladão sobre o robô americano Curiosity.
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