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Imprensa francesa

Espanha em crise é grave ameaça para a Europa

O aprofundamento da crise econômica na Europa e a repercussão do pacote de ajuda ao setor automobilístico francês são os principais destaques da imprensa francesa nesta quinta-feira.

Libération é o jornal francês que traz o tom mais dramático para a cobertura da crise espanhola e européia.
Libération é o jornal francês que traz o tom mais dramático para a cobertura da crise espanhola e européia. DR
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O Libération é o diário que traz o tom mais dramático para a cobertura da crise. Na capa, o jornal coloca a bandeira da Espanha e a manchete: "Perdidos!". O jornal enfatiza que, apesar de vários planos sucessivos de ajuda da Europa, a Espanha mergulha de cabeça na crise. Asfixiada pelas elevadíssimas taxas de juros exigidas pelos mercados para refinanciar a sua dívida, a Espanha enfrenta ainda as consequências nefastas das medidas de austeridade. Outro problema espanhol: a falta de transparência do setor bancário. O jornal ouve ainda depoimentos de espanhóis desiludidos com a economia do seu país e lembra que se a Espanha cair, toda a Europa corre perigo. A Espanha representa 12,9% do PIB da zona do euro.

O jornal Le Figaro avalia que os políticos europeus excluem, pelo menos no momento, um plano de ajuda global para a Espanha, considerado muito caro e muito arriscado. A proposta é utilizar o fundo de estabilidade europeu para acalmar o incêndio. Alguns líderes europeus, diz o jornal, temem que oferecer um pacote de resgate para a Espanha como foi feito para a Grécia, a Irlanda e Portugal, aumente ainda mais a especulação sobre a necessidade de um grande plano de ajuda também para a Itália.

O jornal Les Echos destaca o marasmo econômico britânico. O reino Unido não adota o euro, mas nem por isso escapou de uma recessão. No segundo trimestre deste ano, o PIB caiu 0,7%. Essa é a segunda recessão em quatro anos para os britânicos.

E o pacote de ajuda ao setor automobilístico francês anunciado ontem parece não ter agradado a muita gente. Tanto o jornal de direita Le Figaro quanto o comunista L'Humanité criticam o plano. Para o L'huma, as medidas como o incentivo a compra de carros elétricos não serão eficientes para conter a sangria do setor e a ameaça de demissões em massa. Diagnóstico semelhante é feito pelo Le Figaro, que lamenta a falta de medidas para aumentar a competitividade industrial.
 

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