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México/Eleição

PRI volta ao poder no México com vitória de Peña Nieto

Enrique Peña Nieto, candidato do PRI, o Partido Revolucionário Institucional, é o vencedor das eleições presidenciais deste domingo no México. Ele obteve entre 39 e 42% dos votos, segundo diferentes institutos de pesquisa. Com a vitória de Peña Nieto, o PRI, que governou o México durante 71 anos consecutivos, volta ao poder após 12 anos de governo de oposição do PAN.

Enrique Peña Nieto, o candidato do PRI, ganhou a eleição presidencial no México, domingo 1° de julho.
Enrique Peña Nieto, o candidato do PRI, ganhou a eleição presidencial no México, domingo 1° de julho. REUTERS/Tomas Bravo
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O candidato do PRD, coalizão de três partidos de esquerda, Andrés Manuel López Obrador, ficou em segundo lugar com aproximadamente 30,9% e a candidata do partido no poder, o PAN, Josefina Vazquez Mota, chegou em terceiro na corrida eleitoral, com entre 25,1% e 26,03% dos votos.

Em seu primeiro discurso após o anúncio da vitória, Peña Nieto pediu para os mexicanos que superassem as diferenças partidárias e prometeu combater um dos grandes problemas do país, a violência. "A luta contra o crime vai prosseguir, com uma nova estratégia para reduzir a violência e proteger acima de tudo a vida dos mexicanos", declarou.

Pelo menos 50 mil pessoas morreram nos 5 anos de governo do atual presidente Felipe Calderón. O combate à violência ligada ao tráfico de drogas e o aumento da pobreza no país serão os dois principais desafios do futuro presidente, de acordo com analistas. A pobreza afeta a metade dos 112 milhões de mexicanos, segundo cifras oficiais.

Felipe Calderón saudou o vencedor das eleições em discurso feito para a radio e a televisão mexicanas, e afirmou que seu governo tem “absoluta disposição de colaborar" com a equipe do presidente eleito, "para garantir que a mudança de administração aconteça de maneira organizada, transparente e eficaz”.

A volta do PRI

Enrique Peña Nieto, advogado de 45 nos, prometeu durante a campanha um “governo eficaz” que gere segurança e empregos. Segunda maior economia da América Latina, o México viu aumentar em 15 milhões sua população de pessoas na pobreza desde 2000, durante o governo do PAN, o que pesou na eleição, segundo especialistas. 

Considerado autoritário e corrupto, o PRI governou de 1929 a 2000 com um regime paternalista, mas que deu estabilidade política ao país depois da Revolução de 1910.

Além da presidência, o PRI tentou, nestas eleições, recuperar a maioria nas câmaras do Congresso (500 deputados e 128 senadores) e aumentar o número de governadores de estado.
 

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