Um dos temas da Rio+20 é a adoção de novos parâmetros para medir o desenvolvimento dos países, diferentes do PIB, o Produto Interno Bruto, que contabiliza as riquezas como fruto da produção e de serviços. A ideia é levar em conta os aspectos humano, social e ambiental, e considerar a degradação dos recursos naturais de cada país, no que muitos chamam de "PIB verde".
A ONU sonha com um futuro Índice de Desenvolvimento Humano Sustentável, que foi incluído no texto que está sendo analisado pelos chefes de Estado na cúpula da Rio+20. Os países europeus já contabilizam o PIB verde, e o Brasil pretende começar a avaliar a nova medida ainda neste ano.
Não é de hoje que o PIB é visto como um índice ultrapassado para medir as riquezas: o contorno de uma nova medida surgiu na Rio 92. Agora, a inclusão na pauta da conferência da ONU, no Rio de Janeiro, foi vista com otimismo por alguns ambientalistas, que esperam que o novo método comece a ser aplicado em até 10 anos.
Mas para os economistas, a visão é bem diferente: o PIB verde, afirmam, já começa defasado, porque apenas maquia os dados mas no fundo mantém o estímulo ao aumento da produção e do consumo.
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