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Imprensa Francesa

Eleições presidenciais vão mostrar direção da "primavera democrática" no Egito

Um país em crise, desiludido e dividido vai às urnas eleger um novo presidente, quinze meses após ter destituído Hosni Mubarak do poder, escreve em sua manchete o jornal Libération sobre as eleições no Egito. Os resultados da votação que começa nesta quarta-feira ainda são uma incógnita, afirma o jornal, diante das opções para os eleitores: de um lado candidatos islâmicos e de outro líderes políticos ainda vinculados ao antigo regime.

Homem mostra dedo sujo de tinta depois de votar em Alexandria, em 23 de maio de 2012
Homem mostra dedo sujo de tinta depois de votar em Alexandria, em 23 de maio de 2012 REUTERS/Mohamed Abd El-Ghany
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Diante de uma transição política muito movimentada e do caos da campanha eleitoral, muitos duvidavam que as eleições presidenciais pudessem mesmo acontecer, escreve o enviado especial do Libération ao Cairo. O entusiasmo nas ruas da capital egípcia é visível, mas os votos dos 50 milhões de eleitos ainda são um grande ponto de interrogação, insiste o jornal. Em editorial, o Libé lembra que o Egito já foi um país de grande influência no passado e agora todos acompanham com a atenção as eleições porque as urnas vão revelar que direção vai tomar a "primavera democrática" no maior país árabe.

Para Le Figaro, a reunião informal dos líderes europeus em Bruxelas vai ser a oportunidade para as primeiras explicações do presidente François Hollande e da chanceler alemã Angela Merkel sobre os mecanismos de combate à crise. Mas o motor franco-alemão está em pane, avalia o jornal conservador, diante das divergências entre as duas maiores economias do bloco. A chegada de Hollande criou a expectativa de um reequilíbrio na relação entre os dois países e uma dinâmica positiva para lançar o crescimento, mas o que se vê é uma divergência entre Hollande, que quer promover uma revisão total dos assuntos europeus, e Merkel, que não está disposta a voltar atrás, depois de 30 meses de austeridade coletiva.

Para Les Echos, o presidente socialista francês fará seu batismo de fogo hoje à noite em Bruxelas e, ao contrário do ex-presidente Nicolas Sarkozy, que evitava expor publicamente suas divergências com Berlim, pretende defender suas ideias mesmo que não agradem a Merkel. O presidente francês avisou que não prepara seu primeiro encontro com a perspectiva de um confronto, mas não vai hesitar em lançar a discussão de assuntos espinhosos como os eurobonds, avisa Les Echos, em referência aos títulos comuns para os países zona do euro que têm gerado conflito entre os líderes europeus.
 

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