Eleições presidenciais vão mostrar direção da "primavera democrática" no Egito
Um país em crise, desiludido e dividido vai às urnas eleger um novo presidente, quinze meses após ter destituído Hosni Mubarak do poder, escreve em sua manchete o jornal Libération sobre as eleições no Egito. Os resultados da votação que começa nesta quarta-feira ainda são uma incógnita, afirma o jornal, diante das opções para os eleitores: de um lado candidatos islâmicos e de outro líderes políticos ainda vinculados ao antigo regime.
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Diante de uma transição política muito movimentada e do caos da campanha eleitoral, muitos duvidavam que as eleições presidenciais pudessem mesmo acontecer, escreve o enviado especial do Libération ao Cairo. O entusiasmo nas ruas da capital egípcia é visível, mas os votos dos 50 milhões de eleitos ainda são um grande ponto de interrogação, insiste o jornal. Em editorial, o Libé lembra que o Egito já foi um país de grande influência no passado e agora todos acompanham com a atenção as eleições porque as urnas vão revelar que direção vai tomar a "primavera democrática" no maior país árabe.
Para Le Figaro, a reunião informal dos líderes europeus em Bruxelas vai ser a oportunidade para as primeiras explicações do presidente François Hollande e da chanceler alemã Angela Merkel sobre os mecanismos de combate à crise. Mas o motor franco-alemão está em pane, avalia o jornal conservador, diante das divergências entre as duas maiores economias do bloco. A chegada de Hollande criou a expectativa de um reequilíbrio na relação entre os dois países e uma dinâmica positiva para lançar o crescimento, mas o que se vê é uma divergência entre Hollande, que quer promover uma revisão total dos assuntos europeus, e Merkel, que não está disposta a voltar atrás, depois de 30 meses de austeridade coletiva.
Para Les Echos, o presidente socialista francês fará seu batismo de fogo hoje à noite em Bruxelas e, ao contrário do ex-presidente Nicolas Sarkozy, que evitava expor publicamente suas divergências com Berlim, pretende defender suas ideias mesmo que não agradem a Merkel. O presidente francês avisou que não prepara seu primeiro encontro com a perspectiva de um confronto, mas não vai hesitar em lançar a discussão de assuntos espinhosos como os eurobonds, avisa Les Echos, em referência aos títulos comuns para os países zona do euro que têm gerado conflito entre os líderes europeus.
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