Ataques na Síria continuam apesar de resolução da ONU

O exército sírio lançou um violento ataque neste domingo em Douma, na periferia de Damasco, um dia depois da adoção, pelo Conselho de Segurança da ONU, de uma resolução autorizando o envio de 300 observadores para a Síria para vigiar o cessar-fogo. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) fala de 11 mortos em todo o país.

Homens armados do regime de Damasco patrulham nas ruas de Mouadamia, perto de Damasco, no dia 8 de abril. REUTERS/Shaam News Network/Handout

O Conselho da Revolução da província de Damasco afirmou hoje, através de um comunicado, que a cidade rebelde de Douma, na periferia de Damasco, tinha sofrido um importante ataque das forças do regime de Bashar Al Assad. Um vídeo colocado na Internet por militantes mostra colunas de fumaça que saem da cidade.

Segundo o OSDH, dois civis foram mortos em Douma na manhã de hoje, e ao menos quatro soldados morreram na explosão de uma bomba quando o veículo onde estavam passava perto da cidade.

Um civil morreu perto de uma barragem de segurança na cidade de Htaitat al Turkmane, na província de Damasco, segundo a mesma fonte.

“As forças do regime entram cotidianamente em Douma, mas hoje foi o ataque mais importante”, explicou Mohammad Said, membro do Conselho da Revolução da província de Damasco.

Douma, cidade de 100.000 habitantes situada a aproximadamente 10 km de Damasco, é regularmente palco de manifestações massivas contra o regime de Bashar al Assad.

Mais ao norte, três civis morreram na cidade de Al Rami em Jabal al Zaouiya, na região de Idleb, no noroeste do país, segundo a OSDH. Em Banias, um agente de segurança foi morto e três outros feridos, na madrugada de domingo, em uma explosão que visava uma patrulha.

A agência oficial síria Sana, por sua vez, informou da morte de um soldado na explosão de uma bomba de 50 kg colocada pelo que chamou de “um grupo terrorista armado” na passagem de um ônibus transportando militares, em uma estrada no norte do país.

Os ataques acontecem um dia depois da adoção, pelo Conselho de Segurança da ONU, de uma resolução autorizando o envio de 300 observadores para a Síria para vigiar um cessar-fogo comprometido pela morte de mais de 200 pessoas desde sua entrada em vigor no dia 12 de abril.