Israel e palestinos firmam acordo de trégua após 4 dias de confrontos

Com a mediação do Egito, Israel e os movimentos palestinos da Faixa de Gaza concluíram o acordo para uma trégua após quatro dias de hostilidades. O cessar-fogo entrou em vigor a partir da uma hora da manhã, pelo horário local, desta terça-feira.

Palestinos carregam o corpo do militante Jihad Mohammed Daher, morto nesta quarta-feira durante ataques israelenses na Faixa de Gaza. REUTERS/Suhaib Salem

O ministro israelense da Defesa Civil, Matan Vilnai confirmou o acordo em entrevista a uma rádio militar. Ele disse que as duas partes se comprometeram a um retorno à paz. “Atualmente, nós estamos engajados em torno de um caminho para restabelecer a calma, e parece que esses episódios de confrontos já fazem parte do passado”, afirmou.

Do lado palestino, um responsável que acompanhou as negociações comentou que as facções se comprometeram a cumprir o acordo, em referência aos grupos Jihad Islâmica e Comitês de resistência populares que reivindicaram a maior parte dos tiros de foguete e morteiros lançados da Faixa de Gaza em direção a Israel. Ele adicionou que os dois movimentos, os mais ativos dos últimos confrontos, afirmaram estar observando a atitude de Israel para uma decisão final sobre o caso.

Após episódios de violência deste gênero, períodos de transição são necessários até o estabelecimento e cumprimento de acordos de cessar-fogo.

Quatro dias de hostilidades

Os confrontos começaram na última sexta-feira após a morte do chefe ativista palestino Jihad Mohammed Daher, morto por Israel sob a suspeita de estar preparando um ataque através do território egípcio. Os palestinos reagiram atirando foguetes contra as cidades israelenses próximas à Faixa de Gaza, ao qual Israel respondeu com novos bombardeios.

Os ataques resultaram na morte de 20 palestinos, a maioria integrantes de movimentos radicais. Outros 80 palestinos e oito israelenses, a maioria civis, foram feridos.