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França/Eleições

Conheça os candidatos ao Palácio do Eliseu

O candidato socialista François Hollande, o atual presidente francês de direita, Nicolas Sarkozy, e o candidato da Frente de Esquerda, Jean-Luc Mélenchon, lideram nesta ordem a corrida presidencial na França, de acordo com pesquisas de opinião. As eleições de abril e maio decidirão quem vai navegar o barco francês na tempestade da crise financeira na Europa.

Quem é quem na batalha pelo poder máximo francês?
Quem é quem na batalha pelo poder máximo francês? Reuters
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COMO FUNCIONA A ELEIÇÃO:

Datas - A eleição presidencial francesa de 2012 é realizada nos dias 22 de abril (1° turno) e 6 de maio (2° turno), seguida pelo pleito legislativo também em dois turnos, 10 e 17 de junho. O presidente da República é eleito para um mandato de 5 anos e não mais de 7 anos, como vigorava antes de 2000. Ele assumirá suas funções no dia 17 de maio. Se reeleito, o atual presidente Nicolas Sarkozy não poderá se apresentar nas eleições de 2017, apenas nas seguintes, pois é proibido se manter no Palácio do Eliseu por três mandatos consecutivos.

Regras - Em 1962, foi estabelecido na França o sufrágio universal direto. Se um candidato obtém a maioria dos votos no primeiro turno, ou seja 50% + 1, ele é eleito automaticamente. Caso não haja maioria, os dois candidatos com mais votos passam para o segundo turno. O voto na França não é obrigatório. Para votar, o eleitor deve ter a nacionalidade francesa, idade mínima de 18 anos e estar inscrito nas listas eleitorais, que contabilizam atualmente 44 milhões de pessoas. Os políticos que quiserem se candidatar para a eleição presidencial francesa devem ter no mínimo 18 anos (até 2011, a idade mínima era de 23 anos) e precisam recolher 500 assinaturas dos eleitos de pelo menos 30 departamentos do país.

PERFIL DOS PRINCIPAIS CANDIDATOS:

REUTERS/Charles Platiau

- François Hollande (PS)

O escândalo sexual de Dominique Strauss-Kahn, até então o preferido dos militantes de esquerda, provocou uma reviravolta no Partido Socialista e François Hollande acabou sendo escolhido como candidato nas primárias socialistas, pela primeira vez abertas a toda a população. Ex-marido de Ségolène Royal, candidata do PS em 2007 derrotada por Sarkozy no segundo turno, Hollande enfim teve a sua chance de representar nas eleições o partido do qual foi secretário-geral entre 1997 e 2008. Apesar de nunca ter exercido um cargo ministerial e ser considerado um político sem carisma, o socialista vem ganhando a confiança dos eleitores e é apontado como a principal pedra no sapato de Sarkozy. Diplomado em renomadas escolas (HEC, Sciences-Po Paris e ENA), Hollande é atualmente deputado de Corrèze.

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REUTERS/Philippe Wojazer

- Nicolas Sarkozy (UMP)

Vencedor da eleição presidencial francesa de 2007, com 53,06% dos votos no segundo turno contra 46,94 % para a socialista Ségolène Royal, Nicolas Sarkozy começou a governar com um discurso modernizador, defendendo o lema "trabalhar mais para ganhar mais". Ele não esperava que o seu mandato seria marcado por uma crise mundial iniciada nos Estados Unidos e outra que assola os países da zona do euro e levou a França a registrar a pior taxa de desemprego dos últimos 12 anos: 9,3%. Ele tenta seu segundo mandato dividindo opiniões. Diferentemente da maioria da classe dominante da França, Sarkozy não freqüentou a École Nationale d'Administration, mas estudou Direito. Foi prefeito de um rico subúrbio de Paris, Neuilly, de 1983 a 2002, e atuou em vários governos como ministro do Orçamento, do Interior, da Economia e da Comunicação.

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- Marine Le Pen (FN)

Filha do político mais conhecido de extrema-direita da França, Marine Le Pen tem convicções parecidas com as de Jean-Marie Le Pen, mas, nesta campanha, mostra que sabe voar com as próprias asas. Representando o Partido Frente Nacional - criado em 1972 pelo seu pai -, a advogada é vista pela metade da população como uma candidata de extrema-direita nacionalista e xenófoba e pela outra metade como uma patriota de direita que defende valores tradicionais.

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Reuters

- François Bayrou (Modem)

Esta é a terceira vez consecutiva que o centrista François Bayrou se candidata à eleição presidencial francesa. Em 2002, ficou em quarto lugar e em 2007, em terceiro. Ex-ministro da Educação e atual deputado do departamento Pyrénées-Atlantiques, ele venceu a gagueira quando era estudante e montou o seu próprio partido, o Movimento Democrático (Modem), após ficar de fora do segundo turno em 2007. Bayrou se define como um "homem livre" e evita se identificar como candidato de direita ou de esquerda, sendo acusado muitas vezes de "ficar em cima do muro", tentando agradar a todos. "Eu serei nesta eleição do partido da verdade", diz, tentando demonstrar que tem mais coerência do que Sarkozy e mais credibilidade do que Hollande.

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- Jean-Luc Mélenchon (FG)

Nascido no Marrocos, Jean-Luc Mélenchon adquiriu a nacionalidade francesa quando chegou à França com 11 anos de idade. Formado em filosofia, ele foi líder do movimento estudantil durante os eventos políticos de maio de 1968. Tornou-se ministro da Educação em 2000, no governo de Lionel Jospin, e em 2008 decidiu sair do Partido Socialista para fundar a Frente de Esquerda, da qual é co-presidente e candidato nestas eleições. É contra o liberalismo e defende uma Europa na contramão da economia de mercado.

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- Eva Joly (EE-LV)

A ex-juíza franco-norueguesa representa o movimento verde-ecologista. Esta é a primeira vez na história da França que uma estrangeira naturalizada será candidata a presidente. Eva Joly chegou à França aos 18 anos, se naturalizou por amor ao país, depois de se casar com um francês. Aos 37 anos, tornou-se juíza e, nos anos 90, quando trabalhava na Brigada Financeira de Paris, ficou famosa por denunciar crimes do colarinho branco. Em sua campanha eleitoral pela coligação Europa Ecologia-Partido Verde, ela defende uma ecologia de combate e pragmática.

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Outros candidatos franceses com menos de 1% das intenções de voto:

Philippe Poutou, Nathalie Arthaud, Nicolas Dupont-Aignan, Jacques Cheminade.

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