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Imprensa

Indicadores sociais do Brasil ainda são medíocres apesar de sua posição econômica, diz Les Echos

O principal jornal econômico da França, Les Echos, traz em sua edição desta quarta-feira um balanço dos avanços econômicos e sociais do Brasil, elevado à posição de sexta maior economia do mundo. O diário cita o ranking das grandes potências mundiais publicado na segunda-feira pelo instituto de pesquisa britânico CEBR.

Jornais franceses desta trazem análise do primeiro ano do governo Dilma Rousseff.
Jornais franceses desta trazem análise do primeiro ano do governo Dilma Rousseff. REUTERS/Paulo Whitaker
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O correspondente do Les Echos em São Paulo, Thierry Ogier, explica que o Brasil conseguiu ultrapassar o Reino Unido, que desceu para o sétimo lugar, graças aos avanços das exportações de matérias-primas e à nova ordem econômica mundial surgida com a crise financeira de 2008. Os Estados Unidos continuam no topo na lista, seguidos da China e do Japão. Em quarto lugar está a Alemanha e em quinto, a França.

O Brasil está em uma boa fase, diz o jornalista, mas em 2020 deverá perder posições para a Rússia e a Índia, indica o estudo britânico. A reportagem começa exaltando o peso da economia brasileira, equivalente a 2,5 bilhões de dólares. Na segunda metade do texto, as críticas são numerosas.

O jornal chama de medíocres os indicadores sociais brasileiros e lembra que, em termos de renda salarial média por habitante, o país ocupa apenas o quinquagésimo lugar.

"Mesmo que o desemprego tenha diminuído e o consumo aumentado, as condições de vida de uma grande parte dos brasileiros ainda são precárias e a pobreza atinge 11,5% da população", escreve o correspondente. A reportagem termina lembrando que a presidente Dilma Rousseff, que conclui o primeiro ano de mandato com uma popularidade recorde, prometeu justamente erradicar a pobreza extrema.

Outro assunto de destaque na imprensa francesa é o escândalo das próteses mamárias de silicone defeituoso da marca PIP utilizadas por 300 mil mulheres no mundo. Les Echos conta que as preocupações aumentam nos Estados Unidos. A empresa foi proibida de vender seus implantes no país em 2000, mas as notícias recentes de que mulheres na França podem ter morrido de câncer por causa do rompimento deste silicone industrial amedrontam as americanas.

O jornal Libération traz hoje a foto de Jean-Claude Mas, fundador da fábrica PIP em 1991, e afirma que a Justiça francesa não deve demorar a convocá-lo para dar explicações.
 

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