Cristina Kirchner assume presidência da Argentina com superpoderes
Cristina Kirchner,a primeira mulher presidente a ser reeleita na América Latina, começou neste sábado um novo período de quatro anos com uma grande vantagem e um grande desafio. Ela terá amplos poderes como poucos presidentes na história argentina, com ampla maioria no Congresso e apoio de quase todos os governadores, mas herda de si mesma a tarefa de fazer fortes ajustes econômicos.
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Marcio Resende, correspondente da RFI em Buenos Aires
Ciente disso e perante a fuga de capital que só neste ano retirou mais de 20 bilhões de dólares do sistema financeiro, Cristina mandou um recado aos especuladores: “não sou presidente das corporações e sim de 40 milhões de argentinos. “Não sou presidente das coporações. Sou presidente dos 40 milhões de argentinos”, disse Kirchner. E perante uma briga que se avizinha com os sindicatos por aumentos salariais num país um inflação em torno de 25% ao ano, disse que “é a favor do direito de greve, mas não de chantagem nem de extorsão”.
Em seu discurso no Parlamento, alterou o protocolo de posse ao acrescentar o falecido marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, à tradicional promessa de respeitar a Constituição, caso contrário que “Deus e a Pátria a julguem”. “Que Deus, a Pátria e ele me processem”, disse entre lágrimas Cristina Kirchner, quem, há 14 meses, desde a morte do marido, veste-se de negro e faz referências ao ex-marido em todos os discursos, como se construísse um mito entre os argentinos.
A presidente argentina usou como exemplo uma recente fotografia publicada da então jovem Dilma Rousseff durante ditadura brasileira para exaltar a luta pelos Direitos Humanos. Aquela jovem ocupa hoje a cadeira de uma das nações mais importantes do mundo”, refletiu.
Bolsa Família em Honduras
Depois do encontro de uma hora com a presidente Dilma Rousseff, com o presidente de Honduras, Porfirio Lobo, disse com exclusividade à RFI em Buenos Aires que vai enviar uma missão ao Brasil para estudar programas brasileiros como o Bolsa Família, a Ação Pacificadora no Rio de Janeiro e possíveis investimentos brasileiros com financiamento do BNDES.
Vamos mandar uma missão ao Brasil para tocar em temas como energia, programas sociais e até da possibilidade de um programa muito bem organizado de investimentos de empresas brasileiras em Honduras.
Entrevista com Porfirio Lobo
“Vamos mandar uma missão ao Brasil para tocar em temas como energia, programas sociais e até da possibilidade de um programa muito bem organizado de investimentos de empresas brasileiras em Honduras”
Esse foi o primeiro encontro entre Dilma Rousseff e Porfirio Lobo. A presidente brasileira manifestou que a reincorporação de Honduras nos Foros Internacionais é importante para o processo de reconciliação em Honduras.
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