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Egito/Eleições

Irmandade muçulmana lidera eleições no Egito

O movimento Irmandade Muçulmana anunciou ter chegado à frente do primeiro turno das eleições legislativas que acontecem nove meses após a queda do regime de Hosni Moubarak.  Nos resultados preleminares, o grupo islâmico aparece em primeiro lugar seguidopelo Bloco egípcio (uma coligação liberal) e partido Al Nour (salafista).

Mohamed Badie, líder da Irmandade Muçulmana, em uma entrevista no Cairo.
Mohamed Badie, líder da Irmandade Muçulmana, em uma entrevista no Cairo. Reuters / Amr Abdallah Dalsh
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De acordo com informações do jornal egípcio independente Al Chourouq, o PLJ ( Partido de liberdade e da justiça) da Irmandade Muçulmana tem, até o momento, 47% dos votos. Se confirmado esse resultado, o PLJ deve exigir que o novo governos seja formado por quem obtiver a maioria parlamentar. A última fase das eleições legislativas termina em 11 de janeiro.

Depois de um longo período na cladestinidade, os Irmãos Muçulmanos estão prestes a se consolidarem como a principal força política do Egito na era pós-Mubarak. Desde fevereiro, o movimento islamista fundou um aprtido político legal para poder participar das eleições legislativas. Batizado de Partido de liberdade e da justiça, a formação é o mais antigo movimento islâmico sunita na região e defende a fusão da religião e da política.

Ao longo da história, a corrente fundada em 1928 já oscilou entre uma oposição violenta ao poder (nos anos 40, o grupo planejou o assassinato do premiê egípcio Fahmi al-Noqrachi) e manobras para articipar democraticamente do governo. Atualmente, o movimento é bastante atuante em mesquitas, em programas de ajuda aos necessitados, em universidades e no meio sindical.

O forte vínculo religioso dos seus partidários, porém, desperta o temor de que, uma vez no poder, o grupo instaure um regime islâmico radical no Egito. A comuniadde internacional, no momento, saúda, a eleição egípcia. A Casa Branca disse ter "impressões positivas"  do pleito e o secretário-geral das Nações Unidas, parabenizou o Egipo pela sua determinação em conseguir uma "mudança democrática".
 

 

 

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