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Tragédia de Fukushima é diferente de Chernobyl, dizem especialistas franceses

O alerta máximo na central nuclear de Fukushima que elevou o acidente ao mesmo nível de gravidade de Chernobyl é destaque na imprensa francesa desta quarta-feira. Especialistas entrevistados pelos jornais afirmam que a tragédia na usina japonesa é mais complexa e o impacto sanitário será menor.

Manchete do jornal Liberation: "Na cidade do medo a 45 quilômetros de Fukushima"
Manchete do jornal Liberation: "Na cidade do medo a 45 quilômetros de Fukushima" liberation.fr
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Segundo o jornal Le Figaro, ao elevar, mesmo provisoriamente, o nível de alerta para 7, o máximo da escala de gravidade, as autoridades nucleares do Japão semearam o temor de que o acidente de Fukushima seja comparável ao de Chernobyl, o pior da história.

Le Figaro ouviu especialistas da Agência francesa de segurança nuclear que minimizam os efeitos da tragédia no Japão. Apesar de grave, o acidente de Fukushima emitiu dez vezes menos radioatividade que Chernobyl na atmosfera e em uma área geográfica bem mais reduzida, de cerca dez 1.500 Km2.

Outra diferença importante é que na central soviétiva, a nuvem radioativa foi consequência de uma explosão do interior de um reator, o que não é o caso de Fukushima, pelo menos por enquanto, salienta o Le Figaro. Outro ponto crucial é que no acidente de Chernobyl, em 1986, nenhuma medida foi adotada na época para proteger a população civil, especialmente contra a exposição ao iodo radioativo.

Em entrevista ao jornal Libération, o diretor de meio ambiente da Agência francesa de segurança nuclear explicou que a emissão de radioatividade no mar torna o acidente de Fukushima mais complexo. Segundo Didier Champion, a pesca no litoral japonês será afetada e níveis de radioatividade ainda poderão ser detectados nas correntes marítimas.

O Libé enviou um repórter à cidade de Iwaki, distante 45 quilômetros da central de Fukushima, e constatou que a população desta cidade quase fantasma vive entre fatalidade e resignação.

Impostos

O acidente de Fukushima dividiu as manchetes com a reforma fiscal apresentada pelo governo do presidente Sarkozy. Um das principais medidas apontadas pelos jornais diz respeito ao chamado imposto sobre a fortuna que agora vai ser pago por quem tem patrimônio acima de 1,3 milhão de euros e não mais 800 mil euros, o equivalente a mais de 1 milhão e 800 mil reais .
Uma taxa também será criada para os expatriados franceses que receberem bônus nos países onde estiverem trabalhando.

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