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Airbus/Licitação

Airbus acusa governo americano de beneficiar Boeing em licitação

O presidente da companhia, Thomas Enders, anunciou que a Airbus iria se retirar da licitação que prevê o fornecimento de 179 aviões para a força aérea americana.

Airbus acusa o governo norte-americano de beneficiar Boeing.
Airbus acusa o governo norte-americano de beneficiar Boeing. AFP / Eric Piermont
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O presidente da Airbus, Thomas Enders, acusou nesta terça-feira o governo americano de beneficiar a Boeing na licitação para o fornecimento de 179 aviões de reabastecimento para a força aérea americana. O contrato está avaliado em 35 bilhões de dólares, mas o ganho potencial poderia chegar a 100 bilhões. A EADS, principal acionista da Airbus, anunciou nesta segunda-feira que não continuaria participando da licitação. O grupo europeu publicou seus resultados financeiros do ano passado, com um prejuízo de mais de 700 milhões de euros.

Segundo Enders, ao contrário da primeira licitação vencida pela Airbus, que apresentou o A 330, desta vez o processo privilegiou um avião menor e mais eficiente : o 767 da Boeing. Por reste motivo, a Airbus e seu parceiro nos Estados Unidos, o Northrop Group renunciaram à concorrência. O Pentágono, autor da licitação, disse estar decepcionado com a decisão. Apesar de deixar o caminho livre para o concorrente, o grupo europeu EADS, principal acionista da Airbus, vai continuar expandindo suas atividades no mercado americano, principalmente no setor militar. O objetivo é depender cada vez menos da aviação civil. É o que garantiu nesta terça-feira o presidente executivo do grupo, Louis Gallois, durante uma entrevista coletiva em Paris convocada para anunciar o balanço da EADS.

O grupo europeu de aeronáutica e defesa registrou uma perda de 763 milhões de euros em 2009, devido ao fracasso de dois grandes projetos: o avião militar A400M e o A380. O fraco desempenho impossibilitou a distribuição de lucros aos acionistas este ano. Por causa dos prejuízos e da desistência da licitação do Pentágono, as ações da EADS perderam quase 5% na abertura das bolsas europeias.

Em nota oficial, a Comissão Europeia deplorou a decisão da Airbus e considerou "preocupante" a possível falta de transparência do governo americano na licitação.

 

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