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França/Atentados

França estuda prorrogar mais uma vez estado de emergência

Diante das ameaças terroristas que ainda pairam sobre a França, o primeiro-ministro Manuel Valls declarou nesta terça-feira (1) que não está descartada a possibilidade de prorrogar o estado de emergência em vigor no país até o dia 26 de fevereiro. O governo estuda inscrever a noção do estado de emergência na Constituição

Policiais e militares vigiam monumentos turísticos de Paris como a Torre Eiffel durante o estado de emergência.
Policiais e militares vigiam monumentos turísticos de Paris como a Torre Eiffel durante o estado de emergência. REUTERS/Yves Herman
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"Não é preciso descartar a possibilidade, claro, em função da ameaça. Será preciso agir com muita responsabilidade", afirmou Valls em entrevista à rádio francesa Europe 1.

O chefe de governo admitiu que o estado de emergência provoca uma "restrição de liberdades", mas justificou que a decisão é necessária justamente para "proteger nossas liberdades".

Valls voltou a dizer que o país foi alvo de um ato de guerra e continua sob ameaça. Para enfrentá-la, "é preciso se proteger e este é o sentido do estado de emergência".

Logo após os atentados de 13 de novembro, o governo decretou estado de emergência, uma medida válida inicialmente por 12 dias. Mas o parlamento acatou o pedido do governo e prorrogou o estado de emergência por três meses. 

"Nós devemos conviver com isso e os franceses devem conviver com isso também, mas é de minha responsabilidade dizer a verdade", insistiu.

Apelo pela liberdade de manifestações

A proibição de manifestações em locais públicos na região onde se encontra Paris terminou na madrugada desta terça-feira. Mas a prefeitura da cidade francesa pode adotar medidas pontuais de proibição de manifestações públicas.

REUTERS/Vincent Kessler

Um grupo de 58 personalidades francesas lançou um nesta segunda-feira (31) um apelo em defesa da liberdade de manifestar durante o estado de emergência no país. Em reação a esta mobilização, Manuel Valls lembrou que existe um debate sobre o assunto na sociedade, mas, segundo ele, “é o parlamento que adotou a prorrogação do estado de emergência e é o responsável por seu controle e execução”.

Diversos protestos no domingo terminaram em violência na Praça da República. Uma marcha sobre o clima, na véspera da abertura da COP 21, foi cancelada devido à proibição de manifestar em locais públicos. Para contornar a situação, um grupo de militantes ecologistas fez uma instalação com milhares de pares de sapatos.

No local, um grupo de pessoas também protestou pelo direito de manifestar nas ruas, mas houve confrontos com a polícia, que usou gás lacrimogêneo para dispersar os participantes. Mais de 300 pessoas foram detidas para investigação e a maioria ficou sob custódia.

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