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França/Terrorismo

Vítimas dos atentados em Paris começam a ser sepultadas

A maioria das 130 vítimas dos atentados de 13 de novembro em Paris começam a ser enterradas a partir desta segunda-feira (23), depois que os corpos foram liberados pelas autoridades. Dez dias após os ataques coordenados do grupo Estado Islâmico à capital francesa, os sepultamentos são cercados de emoção e homenagens pela morte precoce de jovens.

Fotomontagem mostra retratos de vítimas dos ataques em Paris.
Fotomontagem mostra retratos de vítimas dos ataques em Paris. REUTERS/Christian
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"Eles tinham 23, 24, 25, 32, 38 ou 41 anos e caíram sob o impacto das balas dos jihadistas", anuncia com sobriedade a agência de notícias AFP.

Funerais de vítimas dos massacres estão programados em 29 cidades francesas. Entre os 130 mortos, havia 25 estrangeiros ou com dupla nacionalidade, representando cerca de 20 países. Na próxima sexta-feira (27), o presidente François Hollande participará de uma cerimônia nacional de homenagem aos mortos no monumento de Invalides.

Nos últimos dez dias, milhares de pessoas têm participado de manifestações pela paz e contra o terrorismo em todo o país. Em Paris, a praça da República, no décimo distrito da capital, a casa de espetáculos Bataclan, restaurantes e cafés atingidos pelos jihadistas se tornaram memoriais públicos, com centenas de pessoas depositando flores, velas, orações e mensagens de solidariedade aos mortos.

Prefeito questiona fanatismo

A primeira vítima enterrada foi o advogado e consultor Sébastien Proisy, de 38 anos. Ele levou um tiro nas costas quando bebia com amigos em um café visado pelos terroristas.

Quinhentas pessoas, entre familiares, amigos e políticos, compareceram ao sepultamento ocorrido no sábado (21), na cidade de Hasnon, no norte da França. Na cerimônia, o prefeito da cidade, Yannick Nison, questionou: "Quantos mortos ainda iremos chorar até que esses fanáticos compreendam que que eles não servem a nenhum deus?", indagou o prefeito, que era amigo da família do morto.

Durante a missa de corpo presente, que costuma acompanhar os enterros na França, uma colega de faculdade de Proisy - ex-aluno de Direito na Sorbonne Panthéon-Assas e na Science-Po - homenageou o amigo, "confidente", que "amava a vida, as festas e viagens". A mãe do advogado estava inconsolável. Proisy era filho único.

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