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França/Atentado

Ministro relativiza risco de ataque com armas químicas na França

Três dias após o premiê Manuel Valls ter alertado para um possível risco de ataques com armas químicas ou biológicas na França, o ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, minimizou neste domingo (22) essa hipótese. Segundo ele, esse tipo de atentado comporta uma série de obstáculos que tornam sua realização muito difícil. Mesmo assim, o ministro disse que essa possibilidade não pode ser descartada, principalmente após os ataques terroristas que deixaram 130 mortos e mais de 350 feridos em Paris.

O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, minimizou o risco de ataques com armas químicas ou biológicas.
O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, minimizou o risco de ataques com armas químicas ou biológicas. REUTERS/Delmi Alvarez
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Este tipo de atentado "faz parte dos riscos que devemos levar em consideração", embora "seja muito complicado utilizar armas químicas de um território para outro", disse o ministro a rádio francesa Europe 1. Mesmo assim, Le Drian ressaltou que "todas as precauções estão sendo tomadas para evitar este tipo de risco".

As declarações são uma resposta ao alerta lançado pelo primeiro-ministro francês, Manuel Valls, que chamou a atenção para o risco de um atentado com "armas químicas ou biológicas" no país. O aviso do premiê despertou na população o medo de um possível ataque dentro do metrô ou em outros lugares públicos.

Exército poderá distribuir antídoto

O governo autorizou que as farmácias do exército possam distribuir antídotos às armas químicas aos serviços de emergência civis do país em caso de ataque. No entanto, segundo as autoridades de saúde pública, o fornecimento de grandes quantidades de sulfato de atropina, o único remédio contra alguns gases tóxicos, era uma medida que já estava prevista no plano de preparação para a Conferência Climática das Nações Unidas (COP 21), que começa na França em 30 de novembro, e que reunirá centenas de chefes de Estado e de governo em Paris.

O sulfato de atropina é usado por via intravenal para curar pessoas expostas a gases neurotóxicos organofosforados, como sarin, tabun, soman e VX. Em caso de ataque, as vítimas devem receber doses de 2 mg da substância a cada cinco minutos, até que os sintomas desapareçam.

Descobertos após a Primeira Guerra Mundial, os gases neurotóxicos organofosforados reduzem o ritmo cardíaco e podem provocar a morte por asfixia.

(Com informações da AFP)

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